Daniela Lima
Paulo Gama
Folha de S.Paulo, 30/12/2011
Para ampliar fatia na propaganda de rádio e TV, adversários abrem disputa em SP para atrair o apoio de siglas menores.
Tamanho da coligação define o espaço que candidatos terão no horário eleitoral, que tem início em agosto.
Os partidos que se revezaram no comando da capital paulista nos últimos anos travam uma batalha para atrair o apoio de siglas menores e, com isso, ampliar o tempo que terão na propaganda para as eleições de 2012. A divisão da maior parte do espaço no rádio e na TV se dá de acordo com a representatividade das coligações.
Ou seja, quanto mais partidos, maior o tempo no horário eleitoral, que começa em 21 de agosto.
O PT de Fernando Haddad, por exemplo, dobraria o seu espaço na TV caso obtivesse o apoio do PMDB. Mas o aliado nacional afirma, entretanto, que manterá a candidatura de Gabriel Chalita.
Como a disputa caminha para ser dominada por candidatos pouco conhecidos, a televisão se torna mais importante, diz Maria do Socorro Braga, cientista política da UFSCar. “É onde eles vão montar a estratégia, até porque não têm traquejo na relação direta com o eleitor.”
Para angariar mais minutos, o PT não se restringe à pressão sobre o PMDB e mira também PC do B, PR, PRB, PSB e PDT.
Sozinho, o PT tem hoje estimados 4min16s em cada bloco de 30 minutos de propaganda. Se conseguisse o apoio de PR, PDT, PC do B e PRB, iria a 7min45s. Com o PMDB junto, ultrapassaria 10 minutos.
Dono do 2º maior tempo (3min52s), os peemedebistas tentam resistir ao assédio e têm falado com PR e PC do B, entre outros.
Já os tucanos contam com a articulação do governador Geraldo Alckmin para ampliar a presença. Antigos adversários, como PP e PDT, somariam mais 2min44s aos 2min54s da sigla.
O governador cedeu cargos ao PP e ofereceu ao PDT espaço no governo.
O PSD do prefeito Gilberto Kassab pode lançar candidato, mas ainda tenta na Justiça obter um tempo robusto. Por ter sido criada neste ano, a sigla tem espaço de nanico, já que as regras da propaganda têm como base o resultadas eleições de 2010.