O GOVERNO E AS PESQUISAS

 

Marcos Coimbra

Blog do Ricardo Noblat, 10/08/2011

Parece que a imprensa gostou do novo tipo de pesquisa que ela própria criou em junho: a pesquisa ignorada. Acaba de sair a segunda rodada, com trabalhos de campo realizados entre os dias 2 e 5 de agosto. O instituto responsável é o mesmo Datafolha e a pesquisa tem muitas similaridades com a outra. O mais interessante não é que os resultados de ambas sejam, basicamente, idênticos, mostrando que os níveis de aprovação do governo Dilma são elevados.A principal semelhança é a indiferença com que foram tratadas, igual àquela que os veículos dedicam às de origem dúbia, que podem até ser divulgadas, mas sem destaque ou comentário.

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AS PESQUISAS BRASILEIRAS

 Artigo publicado pelo site do Vox Populi em 04/04/2010

Até agora, as eleições presidenciais de 2010 já bateram dois recordes: a) são as que mais cedo começaram em nossa história política e b) são, de todas as que fizemos, aquelas em que mais tivemos pesquisas. Desde sua largada, há mais de três anos, não deve ter havido um só mês em que pelo menos uma não tenha sido divulgada.

Daqui para a frente, esse ritmo só tende a aumentar. De abril a junho, quando serão realizadas as convenções dos partidos, sua frequência se intensificará, com periodicidade cada vez menor. Depois de julho e, especialmente, de 18 de agosto em diante, quando se inicia a propaganda eleitoral na televisão e no rádio, uma verdadeira enxurrada de números vai desabar sobre o eleitorado. Sem contar que as eleições nos estados também estarão quentes e merecerão suas próprias pesquisas.

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ARREDONDAMENTO HETERODOXO

Maurício Costa Romão Pesquisa Vox Populi dos dias 23 e 24/10, segundo o UOL: “Pesquisa Vox Populi encomendada pelo portal IG e divulgada nesta segunda (25) mostra a candidata Dilma Rousseff (PT) com 49% das intenções de voto. O tucano José Serra aparece com 38%. Brancos e nulos somam 6% e indecisos chegam a 7% … Ler mais

NOVAS PESQUISAS

 

 Marcos Coimbra

 Correio Braziliense, 20/10/2010  

 O vasto esforço “subterrâneo” das campanhas, particularmente a “guerra santa” das igrejas conservadoras contra Dilma, com a escalada religiosa de Serra, não conseguiram (pelo menos por enquanto) convencer novos eleitores

Começam a sair as pesquisas da reta final deste segundo turno da eleição presidencial. Só faltam 10 dias e, de agora em diante, serão muitas.

Depois do que aconteceu no primeiro turno, as pesquisas perderam a centralidade que tiveram ao longo do processo sucessório. Aqui, como em outros países, a opinião pública e a imprensa se acostumaram a lhes atribuir uma importância talvez exagerada, concentrando a discussão sobre as eleições no acompanhamento dos números a respeito do sobe e desce dos candidatos. Com isso, vieram para o primeiro plano, lugar onde não deveriam estar.

Elas continuam, contudo, a ser o que de melhor existe para conhecer o que pensam fazer os eleitores no dia da votação e não há outro meio nem parecido a elas nessa capacidade. Não estamos maravilhosamente bem servidos por elas, mas seria pior se não as tivéssemos.

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PESQUISAS POLÊMICAS (OU O VEXAME DO DATAFOLHA)

George Gallup (sentado), imagem publicada pela Veja

Por Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Jornal Correio Brasiliense, 25/08/2010

Pesquisas nas quais não se pode confiar são um problema. Elas atrapalham o raciocínio. É melhor não ter pesquisa nenhuma que tê-las.

Ao contrário de elucidar e ajudar a tomada de decisões, confundem. Quem se baseia nelas, embora ache que faz a coisa certa, costuma meter os pés pelas mãos.

Isso acontece em todas as áreas em que são usadas. Nos estudos de mercado, dá para imaginar o prejuízo que causam? Se uma empresa se baseia em uma pesquisa discutível na hora de fazer um investimento, o custo em que incorre?

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