8.000 VOTOS!

(Publicado no Jornal do Commercio-PE em 27/11/2020)

 Maurício Costa Romão

Na primeira pesquisa do 2º turno no Recife o Datafolha detectou que 9% dos eleitores decidiram seu voto na véspera da eleição e 15% o fizeram no próprio dia (19% entre os eleitores de baixa renda). É a conhecida volatilidade do voto: os eleitores estão deixando para resolver em quem votar nos estertores do pleito.

Junte-se a essa imprevisibilidade a elevada alienação eleitoral (abstenção + votos brancos e nulos) havida no dia da votação, 33,6% (foi de 23,3% no 1º turno de 2016), e têm-se as causas de os institutos de pesquisa terem cometido graves erros de estimativas, incluindo aqueles de boca de urna (o eleitor é entrevistado depois que votou).

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DUAS OBSERVAÇÕES SOBRE A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

Maurício Costa Romão

 O voto espontâneo

Quando foram divulgadas as pesquisas do Datafolha e do Ibope para presidente, entre 10 e 12 deste mês de setembro, a grande curiosidade dos analistas era detectar eventuais efeitos sobre as intenções de voto decorrentes da facada desferida contra o candidato Jair Bolsonaro.

Dado que o foco principal estava voltado para esse aspecto, passou despercebido um relevante resultado mostrado pelas pesquisas: a razão voto espontâneo/voto estimulado.

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IMPREVISIBILIDADE DE VOTOS DESAFIA PESQUISAS

Fonte: elaboração própria, com base em pesquisas do Datafolha

Maurício Costa Romão

Após algumas estimativas incorretas no primeiro turno da eleição de 2012, o que reavivou as críticas aos institutos de pesquisa, o Ibope e o Datafolha, através de seus dirigentes técnicos, Márcia Cavallari e Mauro Paulino, em respectivo, deram exatamente a mesma justificativa para a ocorrência dos resultados diferentes dos registrados nas urnas.

Os executivos tributam tais disparidades a um fenômeno que se tem detectado recentemente nas eleições brasileiras: a paulatina mudança de comportamento do eleitorado que, cada vez mais, posterga sua decisão de voto para os dias finais das eleições.

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