Editorial do jornal Folha de S.Paulo, 07/06/2011
O resultado da eleição portuguesa no final de semana, com a vitória do conservador PSD, reforçou a interpretação de que a Europa, após a crise econômica de 2008, pende para o polo da política que se convencionou caracterizar como “direita”. Hoje, em apenas cinco dos 27 países que compõem a União Europeia (UE) persistem governos que podem ser rotulados como de centro-esquerda. No principal remanescente, a Espanha, os socialistas parecem enveredar para uma derrota nas próximas eleições gerais, cuja data-limite é março do ano que vem.