PESQUISA ELEITORAL: COMPENSANDO VANTAGEM DO ADVERSÁRIO

Por Maurício Costa Romão

Suponha uma eleição para Presidente da República com dois candidatos A e B, disputando o segundo turno.

Considere ainda uma determinada pesquisa eleitoral indicando que o candidato A lidera no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, com uma vantagem de intenção de votos de 20 pontos de percentagem, e que B está em vantagem no Sul e Sudeste, com uma frente de 10 pontos.

A tabela que acompanha o texto mostra a distribuição do eleitorado de acordo com as grandes regiões do país. As regiões lideradas por A somam 41,70% do eleitorado do país (incluindo 0,15% de brasileiros que estão no exterior) e aquelas onde B está na frente representam 58,31%.

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AFINAL, A VANTAGEM É DE 10 OU DE 12 PONTOS?

Por Maurício Costa Romão

Manchete de primeira página da Folha de S.Paulo da sexta-feira, 22/10/2010: “Vantagem de Dilma sobre Serra sobe a 12 pontos”. Segue-se uma ilustração com dois gráficos paralelos: no primeiro, diz-se que em total de votos Dilma tem 50% e Serra 40%; no segundo, que em votos válidos Dilma tem 56% e Serra 44%.

À parte da peremptória manchete, muitos leitores devem ter-se perguntado: “afinal de contas, a vantagem é de 10 ou de 12 pontos?”.

Tais leitores devem ter raciocinado: a quantidade de intenção de votos atribuída na pesquisa a cada um dos candidatos é um dado número, digamos, 50 milhões para Dilma e 40 milhões para Serra, uma diferença de 10 milhões.

Ora, se a pesquisa é a mesma, como é que essa diferença muda se os entrevistados que declararam voto a Dilma e Serra são os mesmos 50 e 40 milhões de eleitores?

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