Janete Capiberibe
Folha de S.Paulo, 13/10/2011
Nas modernas democracias, ainda sobrevivem alguns resquícios dos regimes oligárquicos; talvez o maior deles, como dizia o filósofo Norberto Bobbio, seja o “poder invisível” que se escamoteia em deliberações secretas, longe dos olhos dos governados, de modo que seu controle se torna quase impossível. Uma verdadeira Bastilha invisível.A plenitude democrática supõe o fim dessa opacidade. Os atos do poder -sejam eles do Executivo ou do Legislativo- devem ter a mais ampla publicidade, de maneira que os cidadãos possam fiscalizar e cobrar seus representantes. E é essa transparência dos agentes do Estado que permitirá ao regime democrático falar ao cidadão do século 21.