A pesquisa eleitoral de tracking

 

Maurício Costa Romão

Prezado Jamildo

Na matéria sobre as eleições na OAB, postada hoje no seu blog, a chapa “É Hora de Mudar” acusa a concorrente “A Ordem Avança” de cometer fraude eleitoral, in verbis:

“A Chapa “A Ordem Avança” comete fraude eleitoral ao divulgar “tracking” como pesquisa eleitoral. “Tracking” é uma pesquisa diária, com alcance menor de eleitores e, portanto, não revela o pensamento do conjunto dos que estão aptos a votar”.

 Do ponto de vista técnico essa acusação não procede.

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A Pesquisa Eleitoral de “Tracking”

Gallup (sentado): Revista Veja, Edição 1873 . 29 de setembro de 2004

 

Fonte: site americano do Gallup

Por Maurício Costa Romão

As pesquisas de opinião ocupam hoje em dia espaço transcendente como ferramenta auxiliar do moderno marketing político. Elas assumiram uma importância tal como dispositivo de detecção de sentimentos, necessidades e opiniões dos eleitores, que já não se concebe, atualmente, planejar uma campanha política sem que elas estejam incluídas no rol dos principais instrumentos disponíveis ao núcleo central de estratégia e decisão.

Das pesquisas eleitorais quantitativas, a que vem merecendo cada vez mais especial relevo é a de tracking (rastreamento, trilha, caminho), que tem a característica distintiva de ser de curta periodicidade (diária, em geral), ademais de possuir os mesmos requisitos de desenho metodológico de uma pesquisa convencional (survey).

Essa modalidade de levantamento é altamente recomendada – para não dizer indispensável – como instrumento de medição de movimentos ondulatórios de percepção e sentimentos dos eleitores na reta final das campanhas políticas, particularmente nos últimos 30 dias, possibilitando, assim, intervenções rápidas e redirecionamentos estratégicos de curtíssimo prazo por parte do núcleo decisório.

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