REFORMA POLÍTICA: À PROCURA DE UM CONSENSO

 

Matéria do Jornalista Sérgio Montenegro Filho

Jornal do Commercio, em 27.02.2011

Combater a corrupção e o clientelismo e garantir mais equilíbrio e lisura nas disputas eleitorais, reduzindo custos e ampliando a fiscalização. Esses são alguns dos objetivos da reforma política, tema que voltou com toda força à ordem do dia do Congresso Nacional. A reformulação do sistema eleitoral e partidário do País encabeça a lista das mais matérias polêmicas do Legislativo, e embora esteja há anos na pauta das discussões, nunca conseguiu consenso para ser votada. Nos próximos dias, o JC debaterá pontos da reforma política com personalidades e entidades da sociedade civil.

“Há um projeto diferente de reforma na cabeça de cada congressista. E cada um defende o seu”, resume o analista Marcos Verlaine, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) – órgão independente de acompanhamento do Congresso Nacional. É a pura verdade. Da forma “fatiada” como vinha sendo proposta, a reforma agradava a alguns e desagradava a outros, que viam nas mudanças uma ameaça ao seu futuro político. Hoje, tramitam no Congresso dezenas de projetos propondo reformulações na legislação eleitoral e no funcionamento dos partidos. Muitos deles sem a menor chance de aprovação. Outros, porém, reúnem condições de serem submetidos à votação, mas esbarram no desinteresse dos parlamentares, somado à lentidão do processo Legislativo.

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