(Sexta Parte)
Por Maurício Costa Romão
Em consonância com o que foi visto na Quinta Parte desse texto, percebe-se que a sistemática de cálculo das médias pela fórmula D’hondt premia com cadeiras adicionais exatamente aqueles partidos ou coligações que tiveram as maiores médias, ou seja, aqueles cujas médias mais se aproximaram do QE.
É lícito, ainda, perguntar por que ao invés de conceder uma cadeira a cada partido e depois empregar o método das maiores médias, via [6], não se calcula diretamente a média dividindo os votos válidos de cada partido ou coligação pelas vagas iniciais.
Se este procedimento for adotado, os partidos ou coligações de menor votação levarão vantagem relativamente àqueles cujas votações forem grandes. Por exemplo, olhando a Tabela, numa primeira rodada de cálculo, a coligação PDT/PRP teria uma média de 42.298 votos por cadeira, ao passo que a coligação PSL/PTB/PT/PSB teria apenas 24.947, não obstante haja recebido uma votação 5,3 vezes superior. Portanto, esse procedimento é inadequado.