A ESTUPIDEZ DA INTELIGÊNCIA

Vladimir Safatle

Folha de S.Paulo, 25/04/2012

“Uma das lições que Hitler deixou é como, às vezes, é estúpido ser inteligente.” Eis uma frase de Adorno e Horkheimer que os franceses deveriam meditar. Os filósofos de Frankfurt aludiam a essas explicações articuladas e cheias de dados que provavam, de maneira absolutamente convincente, a impossibilidade dos nazistas chegarem ao poder na Alemanha.

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OS LIMITES DO LULISMO

Vladimir Safatle

Folha de S.Paulo, 17/04/2012

Há alguns anos, o cientista político André Singer cunhou o termo “lulismo” para dar conta do modelo político-econômico implementado no Brasil desde o início do século 21. Baseado em uma dinâmica de aumento do poder aquisitivo das camadas mais baixas da população por meio do aumento real do salário mínimo, de programas de transferência de renda e de facilidades de crédito para consumo, o lulismo conseguiu criar o fenômeno da “nova classe média”.

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APENAS UM PREFEITO

Vladimir Safatle

Folha de S.Paulo, 03/04/2012

A pior maldição de São Paulo é seu gigantismo. Por mobilizar um dos maiores orçamento da União, administrar a cidade parece não ser mais algo que tenha valor em si.Ao contrário, São Paulo é apenas uma passagem, seja para voos mais altos, como a Presidência da República, seja para a utilização de seu peso político na construção de novos partidos, seja para a luta pela construção de hegemonias partidárias.

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PRIORIDADES

Vladimir Safatle

Folha de S.Paulo, 24/01/2011

É consenso entre os brasileiros que os investimentos em educação, ciência e tecnologia são fundamentais para a realização das aspirações geopolíticas brasileiras. Nesse sentido, o governo sofre cada vez mais pressão para aumentar seus gastos com o financiamento de pesquisas universitárias. No entanto algo de sintomático acontece na definição das prioridades de pesquisa das agências de fomento como CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e outras.

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ESCALA F

Vladimir Safatle

Folha de S.Paulo, 31/01/2012

Na década de 50, o filósofo alemão Theodor Adorno (1903-1969) uniu-se a um grupo de psicólogos sociais norte-americanos para desenvolver um estudo pioneiro sobre o potencial autoritário inerente a sociedades de democracia liberal, como os Estados Unidos. O resultado foi, entre outras coisas, um conjunto de testes que permitiam produzir uma escala (conhecida como Escala F, de “fascismo”) que visava medir as tendências autoritárias da personalidade individual.

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