NA RETA FINAL

 

Editorial de Folha de S.Paulo, 28/10/2010

 Campanha eleitoral chega ao fim deixando a sensação de que candidatos preferiram a encenação democrática ao debate de ideias e propostas Encerra-se amanhã o horário eleitoral gratuito, reiniciado na campanha de segundo turno em 8 de outubro.

 Também amanhã à noite acontecerá o último debate televisivo reunindo os dois presidenciáveis. A petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra se enfrentarão ao vivo pela quarta vez em quatro semanas, desta feita na Rede Globo. Não se pode dizer que tenham faltado oportunidades para que os candidatos apresentassem suas propostas ao país. A carga de exposição dos dois em campanha, no entanto, resultou, em muitos aspectos, numa experiência mais exaustiva do que esclarecedora.

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RETA FINAL: UMA PESQUISA POR DIA ATÉ AS ELEIÇÕES

 

José Roberto de Toledo

Vox Publica, 25/10/2010

Uma avalanche de pesquisas sinalizará a reta final da eleição. A partir desta segunda, todo dia uma nova sondagem deve ser divulgada. A sucessão de pesquisas, em tese, ajuda a clarear as tendências finais. Mas convém tomar precauções ao analisar os resultados.

A primeira a ser divulgada deve ser do Vox Populi, desta segunda. Nesta terça tem Datafolha. Sensus sai na quarta, e Ibope, na quinta. O Datafolha publica outra sondagem na sexta. E, no sábado, véspera da eleição, Ibope, Vox e Datafolha devem divulgar as últimas pesquisas.

Sem contar as sondagens não-registradas, feitas por conta dos próprios institutos ou contratadas por campanhas e empresas, virão a público, de hoje até as urnas, pelo menos oito pesquisas de institutos que acompanharam a sucessão desde o começo. É bastante, mas não tudo.

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MICROFATOS NA RETA FINAL ATÉ DOMINGO DEFINEM SE HAVERÁ OU NÃO 2º TURNO

Variação de pequena parcela dos eleitores agora pode fazer balança pender para um dos lados

Fernando Rodrigues
Folha de S. Paulo, 30/09/2010

Formou-se um padrão em eleições presidenciais brasileiras desde 1994. Quem está à frente no primeiro turno, não importando se vencerá ou não, posiciona-se sempre na redondeza dos 50%.

Esse cenário aconteceu com Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1994 e 1998, quando ele teve 54,3% e 53,1% dos votos válidos, respectivamente. O fenômeno se repetiu com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2002 e 2006, cujas votações foram 46,4% e 48,6%.

São cenários semelhantes ao protagonizado agora por Dilma Rousseff, a candidata do PT a presidente. Ela começou a semana com 51% dos votos válidos no Datafolha. Agora, está com 52%.

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