Por Maurício Costa Romão
As últimas pesquisas do mês de setembro de 2010 apontavam nítida redução da vantagem em intenções de voto de Dilma Rousseff sobre a soma dos adversários, sinalizando que a eleição provavelmente não se definiria no primeiro turno, como esperavam os petistas e aliados.
À época havia mais dois fatores de apreensão para as hostes situacionistas na eleição presidencial: (1) o provável aumento da abstenção; (2) o eventual crescimento da incidência de votos nulos e brancos.
Sobre o primeiro fator, o próprio PT entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com ação para que a Corte declarasse inconstitucional a exigência de dois documentos – o título e um documento com foto – habilitando o eleitor a votar. O partido temia que o eleitorado mais simples, de baixa escolaridade e renda, segmento com maior propensão a votar em Dilma Rousseff, principalmente o residente do Nordeste e Norte do País, acabasse comparecendo em menor número às urnas, provocando grande abstenção.