PSOL pode lançar até 73 candidatos a deputado estadual

Blog DO INALDO SAMPAIO

Postado em 18 de fevereiro de 2014 por Inaldo Sampaio

O professor e matemático eleitoral Maurício Romão analisa, no artigo abaixo, a decisão do PSOL de lançar 70 candidatos a deputado estadual para tentar garantir a eleição do presidente regional do partido, Edilson Silva.

A propósito da nota no seu blog (17/02) sobre a estratégia do PSOL de lançar chapa com 70 candidatos para garantir a eleição do combativo Edilson Silva, permita-me adicionar alguns números para ilustrar sua interessante matéria.

A legislação eleitoral impõe restrição ao número de candidatos que cada partido pode lançar nas eleições proporcionais. Para deputado estadual o limite máximo é de 1,5 vezes o número de vagas no Parlamento. Como são 49 vagas em Pernambuco, o PSOL pode ter até 73 candidatos.

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O PROBLEMA DA DIVISÃO PROPORCIONAL (Parte I)

 

Maurício Costa Romão

 Nos sistemas eleitorais proporcionais, a escolha de representantes para o Poder Legislativo é considerada na literatura especializada um problema matemático de “divisão proporcional” ou “partilha equilibrada”, que consiste em distribuir de forma proporcional e justa as vagas de deputados e vereadores no Parlamento. 

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OS VEREADORES E A ARITMÉTICA DE CONVENIÊNCIA

 

Por Maurício Costa Romão

Os vereadores podem até não ter tanta desenvoltura em matéria legislativa, mas certamente são versáteis em aritmética. Tanto assim é que descobriram uma maneira simples e direta de interromper a trajetória ascendente do quociente eleitoral que atormenta suas vidas. Esta variável, como se sabe, é fruto da divisão dos votos válidos do pleito pelo número de vagas no Parlamento. Quanto mais elevado o quociente, mais difícil é a ascensão às Câmaras, tanto das atuais excelências, quanto das futuras. Pois bem, com a quase inexorável tendência dos votos válidos crescerem a cada eleição, só existe uma maneira de baixar o quociente eleitoral para facilitar a entrada nas Câmaras: aumentar o número de vagas legislativas, numa proporção maior do que o crescimento dos votos válidos.  

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O QUOCIENTE ELEITORAL (Quarta Parte)

 

O QUOCIENTE ELEITORAL (Quarta Parte)

(Nota Técnica)

Por Maurício Costa Romão

A evolução dos QEs de Pernambuco e Minas Gerais, desde 2004 até 2010, pode ser visualizada na Tabela 5, onde também foram inseridos os QEs de Deputados Estaduais para os dois estados.

Fonte: elaboração do autor, com base em dados do TSE/TRE

Como se pode ver nessas Tabelas, os QEs referentes aos dois cargos estão em trajetória ascendente. Naturalmente, quando o QE aumenta, diminuem as chances de esse parâmetro ser atingido por partidos e/ou coligações sem expressão eleitoral, ou, no mínimo, torna mais difícil a transferência de votos dos chamados puxadores de voto, que têm votação superior ao QE, gerando “sobras” para a eleição de alguns postulantes de pouca densidade eleitoral.

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Uma Questão de Metodologia

Maurício Costa Romão

O jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira, dia 24 de maio, na seção Poder, publica reportagem da jornalista Andréa Matais, da sucursal do periódico em Brasília, intitulada “Eleger deputado em SP demanda mais de 300 mil votos”. Na matéria a jornalista faz estimativas para 2010 de quocientes eleitorais para todos os estados da federação, relativos às eleições de deputados federais.

A temática abordada é pertinente e oportuna, já que a grande preocupação dos partidos ou coligações a cada eleição proporcional é ultrapassar o quociente eleitoral, que representa o limite mínimo de votos válidos que cada partido ou coligação tem que ter para assegurar vagas no Parlamento (a chamada Quota Hare).

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