VOTO DE ESTRUTURA (Publicado no Jornal do Commercio em 14/10/2018)

 

Maurício Costa Romão

Antes mesmo de o PT definir neste ano quem seria o candidato do partido a presidente, e com Alckmin exibindo intenções de voto abaixo de dois dígitos, dadas ainda as potencialidades dos demais postulantes, boa parte dos analistas políticos prescrevia para a eleição em curso a reedição da antiga polarização PT versus PSDB pela sétima vez consecutiva.

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O PT DE PERNAMBUCO E A DÚVIDA DO VÔO SOLO

(Artigo publicado no Diario de Pernambuco em 15/01/2017)

 Maurício Costa Romão

Especula-se hoje em Pernambuco a união do PT com o PSB na eleição majoritária de 2018. Pesariam aí interesses mútuos, ligados (1) ao pleito para presidente; (2) ao tempo local de rádio e TV; (3) à agregação de votos do eleitorado petista à reeleição do governador e (4) ao espaço da chapa majoritária do PSB cedido a integrantes do PT.

A presumível aliança significaria, naturalmente, entoar o réquiem da candidatura própria do PT ao governo estadual defendida por alguns, e já com três pré-candidatos assumidos, sob o argumento que ela ajudaria a catapultar votos para as hostes petistas no pleito proporcional.

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O PCdoB MIROU NA PROPORCIONAL

(Artigo publicado no Jornal do Commercio em 14 de dezembro de 2017)

Mauricio Costa Romão

O PCdoB é tido como um partido-satélite, que gravita na órbita do PT. Por causa desse atrelamento, o meio político se surpreendeu com a decisão dos comunistas de lançar candidato à presidência da República na próxima eleição.

As análises políticas sobre a inopinada resolução especularam que o sentimento dos comunistas era o de que: (1) a candidatura do ex-presidente Lula, por impedimento judicial, não seria levada a cabo e (2) um eventual plano B petista (Fernando Haddad, Jacques Wagner, etc.) seria inviável eleitoralmente.

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O USO DAS RESERVAS INTERNACIONAIS PARA INVESTIMENTOS

Maurício Costa Romão

A deterioração das contas públicas governamentais encetou um mecanismo circular da dívida que precisa ser interrompido sob pena de o país não conseguir pôr fim à recessão.

A causação circular começa com o déficit nominal crescente, que aumenta a relação dívida/PIB, indicador básico de solvência fiscal de uma economia.

A trajetória ascendente do déficit pressiona o aumento do dólar. As importações ficam mais caras e a inflação aumenta. Os juros sobem para conter a inflação, mas isso faz crescer o serviço da dívida. Com as receitas estagnadas ou caindo, o déficit nominal aumenta mais ainda e o círculo vicioso continua…

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A ASCENSÃO INTERROMPIDA

Maurício Costa Romão

As pesquisas nacionais de avaliação da administração da presidente Dilma Rousseff, feitas neste ano pelo Datafolha, Ibope, MDA e Paraná Pesquisas, têm detectado declínio persistente do índice de aprovação ao governo (popularidade), medido pela soma dos percentuais de ótimo e bom.

Outro ponto em comum entre as pesquisas é que essa queda de avaliação positiva se espraia por todas as classes socioeconômicas e geográficas consideradas nos levantamentos, tais como sexo, escolaridade, renda, idade, região, natureza do município, etc.

Dentre essas classes merece destaque a que compreende o conjunto das famílias que ganha de 2 a 5 salários mínimos. Neste contingente se encontram, grosso modo, 40% das famílias brasileiras. É onde estão toda a classe D e parte da classe C, numa simplificação adaptada das classificações do IBGE. Com um pouco mais de esforço imaginativo pode-se considerar ainda que aí se aloja boa parte da decantada “nova classe média”.

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