AUXÍLIO EMERGENCIAL E POPULARIDADE DO PRESIDENTE

  

Maurício Costa Romão

O benefício financeiro do auxílio emergencial (AE) fornecido pelo governo federal para enfrentamento da crise do coronavírus se destaca de pronto pela grandiosidade dos números.

 O total de gastos autorizado para o Programa é de R$ 254,6 bi, sendo que até o dia 18/08 foram pagos R$ 161,0 bi para 66,4 milhões de beneficiários (quase um terço da população brasileira).

 Naturalmente que um auxílio dessa magnitude, envolvendo trabalhadores informais, os já beneficiários do Bolsa Família e os que compõem o Cadastro Único, deve ter sido o grande responsável pela melhoria recente na avaliação do governo Bolsonaro detectada por vários institutos de pesquisa.

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POPULARIDADE E APROVAÇÃO DA GESTÃO

Fonte: elaboração própria, com base em pesquisas do Ibope

Maurício Costa Romão

No quesito “avaliação de governo” os institutos de pesquisa costumam inquirir os respondentes de duas maneiras: uma, indagando se o mandatário está realizando uma administração “ótima, boa, regular, ruim ou péssima”, outra, instando-os a declararem se “aprovam ou desaprovam” a gestão em andamento, ou a maneira de governar do gestor.

Esta última forma é mais direta, intuitiva, de fácil interpretação. Seus resultados numéricos não deixam margem a dúvidas: 60% de Aprova, 30% de Desaprova e 10% de não sabem, não responderam, suscitam logo a conclusão de que a administração é aprovada pela população.

Entretanto, ao se resumir à dualidade aprova/desaprova, a questão deixa de fora do leque de opções do entrevistado as eventuais manifestações intermediárias entre as duas indagações.

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QUEDA NA AVALIAÇÃO POSITIVA DO GOVERNO PUXA INTENÇÃO DE VOTOS PARA BAIXO

Fonte: elaboração própria com base em diversas pesquisas nacionais

Maurício Costa Romão

Depois da inesperada celebração da aliança Rede/PSB, nos estertores do prazo final para criação de partidos políticos, em 5 de outubro do ano passado, os grandes institutos de pesquisa já realizaram 17 levantamentos nacionais de intenção de votos para presidente da República.

Todas essas pesquisas contemplam o cenário mais provável de concorrentes a presidente, composto por Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos. A média mensal de intenções de voto de Dilma neste cenário, no período de outubro de 2013 a abril de 2014, está mostrada na linha azul do gráfico que acompanha o texto.

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DILMA: LIDERANÇA E POPULARIDADE NÃO SE ALTERAM

Maurício Costa Romão

A avaliação positiva da gestão da presidente Dilma Rousseff, mensurada pela soma dos conceitos de ótimo e bom, era de 65% em março e caiu abruptamente para 30% no fim de junho (Datafolha), reflexo dos protestos de rua daquele período.

Logo após a publicação daquela pesquisa de junho o marqueteiro da presidente, João Santana, desdenhando do potencial de corrosão eleitoral dos movimentos populares de então, tratando-os como episódicos e sem maiores conseqüências, vaticinou que em quatro meses a sua cliente recuperaria a popularidade perdida.

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