LÁ VEM O DISTRITÃO NOVAMENTE

Maurício Costa Romão

No comando das duas Casas no Congresso, o PMDB está ressuscitando o seu projeto de sistema eleitoral, enterrado na legislatura passada, segundo o qual a eleição de parlamentares seria feita pelo voto majoritário, numa variante magnificada do modelo distrital puro – o chamado “distritão” – em que a circunscrição eleitoral seria um grande distrito (o estado, o município).

Nesta versão pmdebista, Pernambuco, por exemplo, seria um grande distrito com 25 cadeiras de deputado federal em disputa, cuja ocupação dar-se-ia pelos 25 candidatos mais votados da eleição.

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CANDIDATOS PRÓPRIOS, PRIORIDADE DO NOVO PMDB-SP

Baleia Rossi

Folha de S.Paulo, 23/03/2012

Como justificar que um partido tão grande fique sem candidato na cidade de São Paulo? Esse era o interesse de oportunistas sem identificação com o PMDB

A partir destas eleições, nosso partido no Estado de São Paulo não será linha auxiliar de nenhuma chapa majoritária que não esteja representada por uma liderança peemedebista.A prioridade é o PMDB lançar candidato próprio em todas as cidades possíveis ou, na pior das hipóteses, o vice. Não aceitará mais qualquer interferência de fora de seus quadros. Esta decisão, tomada pelo diretório paulista, é irrevogável.

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UNIÃO COM PMDB DARIA A PETISTA DOBRO DO TEMPO DE TV

Daniela Lima
Paulo Gama

Folha de S.Paulo, 30/12/2011

Para ampliar fatia na propaganda de rádio e TV, adversários abrem disputa em SP para atrair o apoio de siglas menores.  

Tamanho da coligação define o espaço que candidatos terão no horário eleitoral, que tem início em agosto.

Os partidos que se revezaram no comando da capital paulista nos últimos anos travam uma batalha para atrair o apoio de siglas menores e, com isso, ampliar o tempo que terão na propaganda para as eleições de 2012. A divisão da maior parte do espaço no rádio e na TV se dá de acordo com a representatividade das coligações.

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REFORMA POLÍTICA: SUGESTÕES DE APERFEIÇOAMENTO DO MODELO PROPORCIONAL DE ELEIÇÕES NO BRASIL*

Por Maurício Costa Romão

Preliminares

Há nada menos que cinco legislaturas que se discutem mudanças no atual sistema político-partidário-eleitoral brasileiro no Congresso Nacional (abreviadamente “reforma política”), sem que se tenha alcançado avanços significativos. Tanto assim é que, só recentemente, apenas duas propostas reformistas chegaram a ser aprovadas no plenário da Câmara dos Deputados: a Lei Ficha Limpa e o Projeto de Fidelidade Partidária.

Embora a pauta tenha voltado com força na nova legislatura federal, em parte impulsionada pela pressão de vários segmentos da sociedade, já se percebe claramente que haverá dificuldades de o assunto evoluir com extensão e profundidade requeridas.

Com efeito, os dois maiores partidos da Câmara – PMDB e PT – têm visões diametralmente opostas sobre o núcleo central da reforma: a sistemática de eleição de deputados e vereadores.

O primeiro defende agora a eleição de parlamentares pelo voto majoritário, numa variante do sistema distrital puro – o chamado “distritão” – em que a circunscrição eleitoral  seria um grande distrito (o estado, o município). O segundo patrocina a manutenção do modelo proporcional, mas com os parlamentares sendo eleitos através da vertente de lista fechada (pré-ordenada).

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DEIXA COMO ESTÁ

 José Roberto de Toledo

Vox Publica, 20/02/2011

O repórter Marcelo de Moraes informa, no Estado, que os congressistas pretendem aprovar uma reforma política restrita, enxuta, com poucos cômodos. Quase um “puxadinho”. Só devem votar coisas importantes.

Corrigir a distorção do voto para a Câmara dos Deputados? Aquela que faz um paulista que é eleitor em Roraima valer 11 roraimenses que votam em São Paulo? Nem pensar.

Implementar uma cláusula de barreira que dificulte a existência de legendas de aluguel, que vendem seu tempo de TV em época de eleição, e apare os 27 partidos registrados hoje? Bobagem.

Voto distrital? Bah! Voto facultativo? Esqueça.

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