José Roberto de Toledo – O Estado de S.Paulo
Apud Vox Publica, 21/05/ 2012
Boa dose das decisões políticas é gestada no fígado. Para muitos eleitores, mais grave do que não eleger seu candidato preferido é ver um político que odeia ganhar a eleição. Votam em adversário “menos pior” para evitar mal maior. A decisão sugere pragmatismo, mas é difícil precisar onde termina o raciocínio e começa a racionalização – a justificativa lógica construída após o ato feito. O voto útil nasce pingando bile.