PORTABILIDADE DE VOTOS E AS “CIRCUNSTÂNCIAS”

Maurício Costa Romão

“Como jogada política, a aliança entre a ex-ministra Marina Silva e o governador Eduardo Campos, do PSB, foi espetacular… Mas, para avaliar os efeitos reais sobre a sucessão presidencial, teremos que aguardar pelo menos uma pesquisa eleitoral realizada sob as novas circunstâncias e as indicações que ela trará...” [Grifo nosso, MCR]. Tereza Cruvinel, DP, 08/10/2013.

Antes das convenções partidárias de 2012, na eleição municipal para prefeito do Recife, o PT local estava no auge de sua guerra autofágica para definir o candidato do partido ao pleito que se avizinhava.

Ao sacramentar a dupla Humberto Costa e João Paulo, tendo o senador como cabeça de chapa, o PT imaginava ter encontrado a solução ideal para imbróglio: juntava duas expressivas figuras do partido, sendo o candidato a vice detentor de apreciável densidade de votos.

Os dois lideravam as intenções de voto nos cenários em que apareciam isoladamente nas pesquisas à época. Imaginava-se, assim, que junção dessas forças faria o partido conquistar seu quarto mandato à frente da prefeitura. Todavia, as “circunstâncias”, a que alude Ortega y Gasset, conspiravam contra o arranjo empreendido.

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