MANIFESTAÇÕES DE CLASSE MÉDIA?

Prezado Inaldo Sampaio:

Os movimentos de rua do dia 16 suscitaram algumas análises na mídia que, a meu ver, carecem de alguns reparos. Uma delas, muito difundida, aliás, está expressa hoje (18) na sua mui lida coluna Fogo Cruzado, da lavra do nosso amigo Maurílio Ferreira Lima.

Diz o atuante ex-deputado que “o protesto de domingo foi ‘nitidamente da classe média’ porque não se viu negros e nem desdentados nas manifestações”.

Ora, seria uma grande surpresa e uma contradição histórica se não fosse “nitidamente da classe média”.

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CLASSES INSATISFEITAS E INQUIETAS

Maurício Costa Romão

A pesquisa do Datafolha do início de fevereiro deste ano mostrou um quadro dantesco para a presidente Dilma Rousseff: a avaliação de seu governo, bem como sua imagem enquanto gestora e pessoa, se deterioraram tremendamente em relação ao levantamento do instituto em dezembro passado.

As razões dessa débâcle são conhecidas: anúncios e/ou implementação de medidas contrariando o discurso de campanha da presidente à reeleição, piora dos ambientes econômico e político do país e desdobramentos da roubalheira da Petrobrás.

De fevereiro para cá a situação se agravou, com notória intensificação das crises econômica, política e ética. Neste turbilhão, o desprestígio da presidente se acentuou e a pregação de seu impeachment passou a ser corriqueira.

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NÃO É SÓ A ECONOMIA…

Mauricio Costa Romão

O crescimento do pessimismo com relação à economia e, a partir de março, o escândalo da Petrobrás, têm sido apontados como principais fatores que vem contribuindo para a queda da popularidade e, às vezes, das intenções de voto, da presidente Dilma Rousseff nas pesquisas que se sucedem desde dezembro do ano passado.

Não sem razão: um fator corrói o bolso das pessoas, o outro, danifica a imagem de gestora eficiente da presidente e levanta suspeitas de malfeitos sobre seu partido.

Esses dois fatores ficaram bem realçados neste último levantamento de abril da CNT/MDA, estimulando alguns analistas a, mais uma vez, responsabilizá-los pelos números adversos exibidos pela mandatária nacional.

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DILMA PERDE 29 MILHÕES DE ELEITORES EM TRÊS MESES

Fonte: elaboração própria, com base em pesquisas do Datafolha

Maurício Costa Romão

Os analistas de maneira geral já esperavam algum dano eleitoral para a presidente Dilma Rousseff em face das manifestações de rua ocorridas no Brasil no mês de junho. Ninguém, todavia, imaginava que fosse tão grande.

De fato, em apenas 20 dias, no mês recém-findo, as intenções de voto manifestadas pelos eleitores para a presidente caíram 21 pontos de percentagem, passando de 51% para 30%, conforme se pode ver no gráfico que acompanha o texto.

Levando-se em conta os meses de março a junho, a queda de intenções de voto vai a 28 pontos percentuais. É oportuno mensurar esse declínio em termos de número de eleitores, mas para isso são requeridos alguns passos.

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A PROPOSTA DA OAB PARA AS ELEIÇÕES ROPORCIONAIS

 

Maurício Costa Romão

Em meio às manifestações de rua que estão acontecendo no Brasil a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lançou nesta segunda-feira (24/6), em associação com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), propostas de reforma política que incluem mudanças no sistema eleitoral.

Na sugestão da OAB as eleições proporcionais serão realizadas em dois turnos. No primeiro, os eleitores votarão apenas nos partidos ou coligações. Definidas as vagas conquistadas, os partidos apresentam ao julgamento do eleitor, no segundo turno, uma lista pré-ordenada de candidatos, em número correspondente ao dobro das vagas obtidas.

Os candidatos mais votados dos partidos ou coligações, no segundo turno, serão considerados eleitos.

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