MANIFESTAÇÕES DE RUA E ALIENAÇÃO ELEITORAL

Maurício Costa Romão

Os movimentos insurgentes de junho, enquanto arena de mobilização popular de rua, criaram a falsa impressão de que haviam sido de caráter episódico, visto que desapareceram repentinamente.

Ledo engano. As pesquisas eleitorais que se sucedem umas às outras – funcionando como caixa de ressonância do pensamento da população – têm revelado que as insatisfações permanecem latentes, só que agora externalizadas de forma recôndita. A queda substancial na avaliação da gestão de governantes desde o meio do ano, urbi et orbi, é prova eloquente disso.

É muito provável, portanto, que essas inquietudes perdurem até as eleições, mesmo porque algumas das demandas que as motivaram não podem ser atendidas no curto prazo, e outras tantas ainda não sensibilizaram seus destinatários, particularmente as de cunho ético-político.

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