Ricardo Young
Folha de S.Paulo, 27/12/2010
Nesta última semana de 2010, muitas coisas chegam ao fim. Não apenas um ano de intensa discussão sobre os destinos do Brasil, não só o fim da era Lula. Chega ao fim também uma etapa que marcou a transição do Brasil para a maioridade institucional.
Desde os danos deixados pela democracia incipiente da era Collor/Itamar, a era FHC começou a colocar a casa em ordem. A Constituinte de 1988 arquitetou o que o melhor da depuração política pós-ditadura poderia sonhar para nós.
Um país institucionalmente forte, politicamente diverso, socialmente justo e economicamente próspero. A era FHC procurou pavimentar o leito sobre o qual o país pudesse construir esse novo destino.
A era Lula,não só deu continuidade a esse trabalho como aprofundou o sentido da justiça social e levou o combate a pobreza a políticas de Estado. São inequívocas as conquistas “sociais” dos últimos anos se considerarmos inserção econômica, aumento de renda, emprego e poder de consumo.