ENSINO SUPERIOR E O ANIVERSÁRIO DA ABMES

Maurício Costa Romão

 Quando a ABMES foi fundada, em 1982, o panorama do setor privado na educação superior brasileira já se desenhava em franca ascensão, compreendendo 70% das instituições de ensino e 61% dos alunos do país.

Essa crescente presença despertou a atenção de empreendedores da área para a criação de uma entidade que pudesse representar nacionalmente a categoria de mantenedores, nascendo assim a ABMES, órgão que viria a protagonizar marcante papel nas discussões dos grandes temas afetos à educação superior.

Na atualidade os números (arredondados) da educação superior no Brasil chamam a atenção pela grandiosidade: são 2.500 instituições de ensino, oferecendo 38.000 cursos, onde estão matriculados 8,5 milhões de alunos – quantidade maior do que as populações de 104 países do mundo – e 350.000 docentes.

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BREVE NOTA SOBRE O COMPONENTE POPULACIONAL NA META DO PNE PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR

 

Maurício Costa Romão

 

De acordo com a PNAD Contínua de 2017 (IBGE) apenas 23,2% dos jovens na faixa etária apropriada de 18 a 24 anos estão cursando o nível superior, distante ainda da meta de 33% estipulada pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para ser alcançada até 2024.

Um sério obstáculo para o atingimento da meta projetada pelo PNE é o fato de que tanto o número de matrículas quanto o de concluintes no ensino médio têm caído desde 2012.

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ELES SABEM O QUE FAZEM

Vladimir Safatle

Folha de S.Paulo, 25,/10/2011

Um dos mantras preferidos daqueles que chegam aos 40 anos é: os jovens de hoje não têm grandes ideais, eles não sabem o que fazem. Há algo cômico em comentários dessa natureza, pois os que tinham 18 anos no início dos anos 90 sabem muito bem como nossas maiores preocupações eram: encontrar uma boa rave em Maresias (SP), aprender a comer sushi e empregar-se em uma agência de publicidade.

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TOMEM A PRAÇA

  

Rodrigo Russo

Folha de S.Paulo, 05/06/2011

No dia 27 de maio, na praça Catalunha, em Barcelona, cartazes repudiavam a violência policial, pediam “democracia real já!” e um mundo mais justo para todos. No dia 3 de junho, na praça da Sé, em São Paulo, os cartazes exibiam mensagem bem diferente: “compra-se ouro”.

Na praça Catalunha, naquele e nos três dias seguintes, jovens discutiam pelo fim dos privilégios dos políticos e dos banqueiros e diziam que ninguém os representava. Muitos se juntavam às conversas. Por aqui, em São Paulo, pastores de meia-idade pregavam que “Jesus Cristo é a salvação”. Poucos pedestres pareciam se importar. Em Barcelona, uma barraca instalada pelos “indignados” oferecia gratuitamente alimentação a todos aqueles que se dispusessem a ficar na fila, independentemente de pertencerem à manifestação.

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