João Mellão Neto
O Estado de S.Paulo, 10/12/2004
A reforma política é como certas feministas: todo mundo elogia, mas ninguém sedispõe a desposá-las. Ainda esta semana os parlamentares decidiram adiá-la para o ano que vem. No ano que vem vão dizer a mesma coisa. E por aí vai. Todos concordam que ela é necessária e urgente. Mas ninguém se dispõe a implantá-la para valer. Do que se trata, afinal?
Nos Estados Unidos e na Inglaterra, duas democracias exemplares, o voto é pelo sistema distrital. Os países são divididos em numerosos distritos, tantos quanto o número de cadeiras no Parlamento. Em cada um dos distritos só pode concorrer um candidato por partido. É eleito o postulante que obtiver o maior número de votos.