A INICIATIVA QUE VEIO DO HIMALAIA

 

Paul Singer

Folha de S.Paulo, 30/04/2012

Danos ambientais como efeito estufa e extinções não entram no PIB. O esforço de limpeza criado por um derramamento, aliás, faz com que fique maior

O PIB é o grande objeto de desejo das forças que governam nações. Ele é a somatória das transações -compras e vendas- realizadas nos mercados de um país em um ano. Como a grande maioria dos bens e serviços produzidos se destina à venda, o valor de todas as transações corresponde ao total de mercadorias produzidas. De um modo ou outro, as mercadorias produzidas são transacionadas e passam a satisfazer necessidades e desejos dos que as adquiriram. Daí a noção de que o PIB mede a riqueza produzida, que ao ser consumida passa a ser a causa eficiente do bem-estar da população.

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A FELICIDADE INTERNA DO REI DO BUTÃO

Bruno Garschargen

Folha de S.Paulo, 30/04/2012

Se o seu país tem o 141º IDH, crie um índice para disfarçar. Culpe a economia pelos males do mundo, como se desse para buscar bem-estar na pobreza

Não há nada mais falsamente reconfortante do que o autoengano. Se a vida está ruim, por que melhorá-la se é possível adotar novos padrões para demonstrar que, na verdade, o péssimo é bom? Já não é de hoje que se promove o tal indicador de Felicidade Interna Bruta (FIB), segundo o qual a medição do progresso de uma comunidade ou nação não deve ficar restrita ao desenvolvimento econômico, mas deve avaliar o bem-estar psicológico, a saúde, o uso equilibrado do tempo, a vitalidade comunitária, educação, cultura, resiliência ecológica, governança e padrão de vida.

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ÍNDICE DE FELICIDADE

Hélio Schwartsman

Folha de S.Paulo, 15/04/2012

Faz sentido a proposta de criar um índice de felicidade para orientar as ações do poder público. Idealmente, ele substituiria medidas mais grosseiras, como o PIB per capita, e iria além do Índice de Desenvolvimento Humano.A rigor, a ideia nem é nova. Já no século 4º a.C., Aristóteles afirmou que a “eudaimonía” (felicidade) é o fim de toda ação humana. Jeremy Bentham (1748-1832) não só definiu que a meta das políticas públicas era promover o bem-estar como fez a primeira tentativa de calculá-lo.

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