Gustavo Krause
Blog de Jamildo, 05/04/2011
Terça-feira, 05 de abril, recebo a edição do JC de roupa nova (atenção: sou assinante e leitor compulsivo dos jornais pernambucanos e outros de fora). O editorial justifica a mudança. Simples. Tudo muda e, no mundo moderno, em ritmo vertiginoso e dentro de um quadro de competição implacável. As pessoas, as organizações, as instituições não têm alternativa: ou mudam, em sintonia com o novo tempo, ou desaparecem; na melhor hipótese, viram fósseis, objetos, no futuro, da curiosidade arqueológica.
Com efeito, esta regra, que parece não comportar exceções, apresenta rochosa resistência quando se trata do sistema político brasileiro. A propósito, nos dias subseqüentes ao pleito de outubro, a história se repete: notícias e mais notícias sobre reforma política, tema que, como costuma acontecer, entra na agenda política como se fosse pra valer. Criam-se comissões; escrevem-se artigos; chovem propostas; cada cabeça, uma reforma e se busca, de marré, marré, o consenso improvável.