
Por Maurício Costa Romão
A grande maioria das análises que trata de desempenho de pesquisas eleitorais se debruça sobre a averiguação dos números estimados pelos diferentes institutos, imediatamente antes dos pleitos, e suas divergências vis-à-vis os resultados oficiais.
Estimativas fora da margem de erro, ainda que apenas ligeiramente afastadas dos limites da margem, são consideradas falhas de previsão das pesquisas. Sob este critério, o desempenho dos grandes institutos, a nível nacional e estadual, no primeiro turno da eleição de 2010, deixou muito a desejar, tamanha a incidência de prognósticos em desacordo com os valores observados nas urnas.
Até mesmo as pesquisas boca de urna, tidas como portadoras de elevado índice de acertos (as entrevistas são feitas depois que o eleitor vota), saíram arranhadas das eleições majoritárias recém-findas. De fato, o Ibope aplicou essa modalidade para Governador em 16 estados no primeiro turno, porém apresentou estimativas discrepantes, fora da margem de erro, em quase todos eles. O instituto também se equivocou na disputa para Presidente.
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