Editorial da Folha de S.Paulo, 03/05/2012
Dados detalhados do IBGE confirmam o retrato de um país que se acomoda com crescimento da economia como solução para tudo
As melhorias sociais e econômicas e a tranquilidade política dos anos 2000 parecem ter eliminado o sentido de urgência diante das carências brasileiras: de educação, de renda, de saúde, de segurança -entre tantos problemas sociais. Ouve-se o louvor uníssono do crescimento, como se ele, por si só, resolvesse toda a iniquidade. Lamenta-se a mediocridade da educação, em especial na falta de mão de obra qualificada, mas não se vê pressa nem inventividade nas providências para melhorar a escola.