AGENDA DE GOVERNADORES DOMINA LEGISLATIVOS

Deputados estaduais pouco fazem além de propor leis sobre nomes de ruas e ações de menor importância ao cidadão

SÃO RARAS AS SITUAÇÕES EM QUE AS ASSEMBLEIAS NÃO ESTÃO DOMINADAS POR INTERESSES DOS GOVERNADORES

Marco Antonio C. Teixeira
 Folha de S.Paulo, 15/03/2011

Por que as atividades das Assembleias Legislativas raramente ganham destaque positivo nos meios de comunicação? Quais fatores explicariam essa questão? Um deles, sem dúvida, refere-se ao fato de os trabalhos dos Legislativos federal e municipal afetarem mais o cotidiano dos cidadãos.

No Congresso Nacional, via de regra, discutem-se questões que interferem diretamente em todos os aspectos da vida social e econômica dos brasileiros, como ocorreu recentemente com a votação do salário mínimo.

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REFORMA POLÍTICA: DIVERGÊNCIA DE INTERESSES IMPEDE NOVA LEGISLAÇÃO

 

Cláudio Gonçalves Couto

 Folha de S.Paulo, 06/03/2011

Mesmo os insatisfeitos temem que tentativa de conserto agrave problema

Há quatro anos, Lúcio Rennó, cientista político da Universidade de Brasília, publicou um artigo com o sugestivo título de “Reforma política: consensos necessários e improváveis”. Rennó apontava o paradoxo de que a identificação de problemas de governabilidade num sistema político levava à demanda por sua reforma, mas esses mesmos problemas obstaculizavam qualquer tentativa de levar reformas adiante.

Paradoxos similares explicam o porquê de tão frequente e intensamente clamar-se por uma reforma política no Brasil, sem que ela efetivamente saia -ou, ao menos, seja percebida. A razão do clamor é a insatisfação com o funcionamento das instituições políticas de representação e governo.

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TIRIRICA LEGISLATIVA

 

Fernando de Barros e Silva

Folha de S.Paulo, 08/02/2011

SÃO PAULO – Ninguém dá muita bola para a Assembleia Legislativa de São Paulo. Ela parece viver numa espécie de limbo, entre a Câmara federal, à qual a imprensa dedica muito mais atenção, e a municipal, onde bem ou mal transitam os problemas e negócios da cidade.

É possível que você, leitor, nem se lembre mais em quem votou para deputado estadual em outubro. Também é possível que não conheça nenhum desses deputados. A culpa não é (ou não apenas) sua.

As Assembleias -não só a paulista- tornaram-se, de fato, pouco relevantes. Em primeiro lugar, porque a Constituição de 1988 restringiu muito as competências dos legislativos estaduais. O arcabouço institucional do país as esvaziou.

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