ÉTICA E BARBÁRIE

 

Aécio Neves

Folha de S.Paulo, 06/12/2011

Submetidos com frequência rotineira a uma saraivada de informações, estamos perdendo a capacidade de nos horrorizar. É o que chego a temer quando me deparo, por exemplo, com o que acontece hoje na Síria. E não só ali. Quando a violência se banaliza, adormece em nossa consciência moral a necessária reação a ela. Entre a inércia e o pesadelo, só eventualmente somos despertados pela urgência de um gesto, mínimo que seja, de solidariedade e de comiseração pelo destino dos que são vítimas da barbárie.

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O LIMITE DA ÉTICA

 

O LIMITE DA ÉTICA

Editorial do Jornal do Commercio, 27/07/2011

Um enredo de espionagem, subornos e outros golpes baixos sacode dois alicerces da sociedade britânica: a política e a imprensa. O primeiro-ministro David Cameron, envolvido no escândalo de grampos telefônicos ilegais, está sob pressão, e as investigações das relações obscuras entre o magnata da mídia Rupert Murdoch e os governantes ingleses ameaçam esmiuçar detalhes incômodos dos bastidores do poder no Reino Unido. Por outro lado, o caso já provocou o fechamento do maior tabloide do país, pondo em suspeita todos os veículos de comunicação pertencentes a Murdoch, com repercussões no mundo inteiro.

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ÉTICA E CONCILIAÇÃO

Benenjamin Steinbruch

Folha de S.Paulo, 28/09/2010


O voto consciente é uma recomendação séria; é dever do eleitor conhecer a trajetória do candidato


ESTAMOS A cinco dias das eleições e é curioso observar como o cenário atual é semelhante ao de quatro anos atrás, quando Lula foi reeleito.

Em 2006, o pleito se deu depois de um período de grande conturbação política e denúncias que agravaram esse quadro às vésperas da votação. Agora, o processo eleitoral foi igualmente conturbado por denúncias sucessivas, que culminaram em demissões no governo e, infelizmente, acabaram por desviar o foco das discussões dos programas de cada candidato.

As acusações de parte a parte, em um determinado momento, promoveram um verdadeiro festival de agressões. Nesse contexto, no momento em que 136 milhões de brasileiros se preparam para votar -10 milhões a mais do que em 2006-, duas palavras vêm à mente e gostaria de basear nelas este artigo: ética e conciliação.

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