RECIFE: QUOCIENTE ELEITORAL EM 2012

(Artigo do autor, publicado no jornal Folha de Pernambuco, em 29/06/2011)

 Por Maurício Costa Romão

O quociente eleitoral (QE) é uma variável-chave das eleições proporcionais, pois somente os partidos ou coligações que lograrem votação suficiente para ultrapassá-lo é que podem ascender ao Parlamento. Daí por que é às vezes chamado de cláusula de barreira.

Uma característica que o torna meio que enigmático é o fato de que sua determinação só pode ser feita após computados todos os votos da eleição, quer dizer, depois de totalizados o eleitorado, a abstenção ou os votos apurados, os votos brancos, os votos nulos e, conseqüentemente, os votos válidos (VV). Dessas variáveis, a única que se conhece de antemão é o eleitorado. As outras, só depois do pleito.

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DONOS DE INSTITUTOS ARRISCARAM A CREDIBILIDADE

George Gallup (sentado), Revista Veja, 29/set/2004

João Bosco Rabello

Portal do Estadão, 06/10/2010

Pesquisa não é urna”. A frase, de Ulysses Guimarães, é daquelas que confirmam que o óbvio, às vezes, precisa ser dito.

E se aplica à presente eleição, na qual os institutos de pesquisa foram alçados à condição de vilões por errarem previsões defendidas com uma convicção, por vezes, até intimidatória.

O que se espera de um instituto de pesquisa, sobretudo dada a importância que adquiriu no processo eleitoral – em que passou de mero aferidor a indutor de tendências -, é que se posicione com neutralidade técnica perante candidatos e campanhas.

Nisso reside o que um instituto tem de mais caro – a credibilidade. Funciona como uma vacina que imuniza contra os efeitos de eventuais erros.

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Uma Questão de Metodologia

Maurício Costa Romão

O jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira, dia 24 de maio, na seção Poder, publica reportagem da jornalista Andréa Matais, da sucursal do periódico em Brasília, intitulada “Eleger deputado em SP demanda mais de 300 mil votos”. Na matéria a jornalista faz estimativas para 2010 de quocientes eleitorais para todos os estados da federação, relativos às eleições de deputados federais.

A temática abordada é pertinente e oportuna, já que a grande preocupação dos partidos ou coligações a cada eleição proporcional é ultrapassar o quociente eleitoral, que representa o limite mínimo de votos válidos que cada partido ou coligação tem que ter para assegurar vagas no Parlamento (a chamada Quota Hare).

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