ESTIMATIVAS DE QUOCIENTES ELEITORAIS PARA 2014 NOS ESTADOS BRASILEIROS

 

Maurício Costa Romão

Os partidos políticos são pragmáticos nos pleitos proporcionais: disputam isoladamente ou celebram alianças em função dos resultados eleitorais que esperam obter em cada caso. Para o partido tomar sua decisão estratégica, vários fatores são levados em consideração, mas a variável determinante acaba sendo o quociente eleitoral (QE)*.

O QE é uma variável-chave das eleições proporcionais, pois somente os partidos ou coligações que lograrem votação suficiente para ultrapassá-lo é que podem ascender ao Parlamento. Daí por que é às vezes chamado de cláusula de barreira.

Uma característica que torna o QE um misto de enigmático e imprevisível é o fato de que sua determinação só pode ser feita depois de computados todos os votos da eleição, quer dizer, quando totalizados o eleitorado, a abstenção ou os votos apurados, os votos brancos, os votos nulos e, conseqüentemente, os votos válidos (VV). Dessas variáveis, a única que se conhece de antemão é o eleitorado. As outras, só depois do pleito.

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COMPARANDO ESTIMATIVAS DO QUOCIENTE ELEITORAL COM RESULTADOS OFICIAIS DE 2012

  

Fonte: elaboração própria. Os dados do QE oficial são do TSE

Maurício Costa Romão

O quociente eleitoral (QE) é uma variável-chave das eleições proporcionais, pois somente os partidos ou coligações que lograrem votação suficiente para ultrapassá-lo é que podem ascender ao Parlamento. Daí por que é, às vezes, chamado de cláusula de barreira.

Uma característica que o torna meio que enigmático é o fato de que sua determinação só pode ser feita depois de computados todos os votos da eleição, quer dizer, depois de totalizados o eleitorado, a abstenção ou os votos apurados, os votos brancos, os votos nulos e, conseqüentemente, os votos válidos (VV). Dessas variáveis, a única que se conhece de antemão é o eleitorado. As outras, só depois do pleito.

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VEREADOR NO RECIFE: VOTOS MÍNIMOS

 

 Mauricio Costa Romão

Referindo-se à próxima eleição para vereador no Recife, matéria em jornal local alerta sobre o desafio numérico dos candidatos: “Estima-se que para assegurar um mandato são necessários sete mil votos”. Essa é apenas uma estimativa, entre tantas, da magnitude de uma variável que é impossível determinar com precisão antes dos pleitos. A primeira dificuldade de se prever esse quantum mínimo de votos reside no próprio modelo proporcional: não são necessariamente os mais votados da eleição que ocupam as vagas legislativas, porém os mais votados dos partidos ou coligações que ultrapassam o quociente eleitoral.

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QUOCIENTE ELEITORAL EM 2012: JABOATÃO E OLINDA

  

 

Por Maurício Costa Romão

As variáveis que definem o quociente eleitoral (QE) de um pleito são, à exceção do eleitorado e do número de cadeiras parlamentares, todas conhecidas post factum, depois da eleição. Daí por que fazer estimativas desse quociente é sempre um exercício que requer formulação de muitas hipóteses.

Entretanto, com base no comportamento pregresso das variáveis componentes (eleitorado, abstenção ou votos apurados, votos brancos, votos nulos e votos válidos) é possível, a partir de suposições fundamentadas sobre suas trajetórias futuras, fazer prospecções bastante razoáveis do valor aproximado do QE para a eleição do ano de 2012, nos municípios de Jaboatão dos Guararapes e Olinda (a metodologia está fundamentada em detalhes no texto “Estimando quocientes eleitorais 2012: Jaboatão e Olinda”, disponível no blog do autor).

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ESTIMANDO QUOCIENTES ELEITORAIS 2012: JABOATÃO E OLINDA 2012 (Segunda Parte)

ESTIMANDO QUOCIENTES ELEITORAIS: EM JABOATÃO E OLINDA EM 2012 (Segunda Parte)

(Nota Técnica)

Por Maurício Costa Romão

Relações

Vê-se das Tabela 1e 2 que o QE tende a aumentar de um pleito para outro (exceto o caso de Olinda de 2004 para 2008). Mantidas as vagas parlamentares, isso se deve ao crescimento contínuo dos votos válidos que, por sua vez depende do que acontece com os votos brancos e nulos e com a abstenção. Com efeito, já se estabeleceu antes, por definição, que

VV = VA – (VB + VN)

Dividindo os dois lados desta equação pelos votos apurados (VA), tem-se:

VV/VA = 1 – [(VB + VN)/VA]

Onde

0 ‹ (VB + VN)/VA ‹ 1

Assim, toda vez que aumenta a proporção de votos brancos e nulos no total de votos apurados, diminui a proporção de votos válidos nesse total e vice-versa. Portanto, um aumento da incidência de votos brancos e nulos, como proporção dos votos apurados, afeta negativamente a fração dos votos válidos e uma diminuição impacta positivamente.

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