DESTRA, SINISTRA E AS FEDERAÇÕES

Maurício Costa Romão A partir de questionários aplicados a 519 cientistas políticos residentes no país e no exterior, no ano de 2018, professores da Universidade Federal do Paraná1 classificaram os partidos políticos brasileiros, segundo sua posição ideológica, numa escala de zero a dez, em que zero representava posição mais à esquerda e dez, mais à … Ler mais

AS INVISÍVEIS DIREITA E ESQUERDA

Editorial da Folha de Pernambuco, 03/09/2012

As campanhas eleitorais para as prefeituras das grandes cidades confirmam que antigos tabus parecem estar superados no Brasil como em outros países do mundo. Queremos ressaltar que as antigas divisões entre direita e esquerda, em que ambas as correntes se definiam, reciprocamente, como o bem o mal, ou estão superadas pelos novos tempos em que vive a humanidade, salvo situações localizadas por motivos principalmente religiosos, ou estaríamos atravessando uma fase de hibernação ideológica.

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A CRUZ E A CALDEIRINHA

Fernanda Torres

Folha de S.Paulo, 11/05/2012

Somos convidados a nos engajar, mas é preciso pensar bem; o mundo não é mais tão preto no branco

Foi-se o tempo em que as causas ganhavam força graças ao apoio de artistas. A melodramática chamada da internet com atores protestando contra a usina de Belo Monte deu mais consistência aos que defendem a obra do que ao lado que a promoveu. Diariamente, somos convidados para nos engajar em lutas, mas é preciso pensar 20 vezes; o mundo não é mais tão preto no branco quanto costumava ser.

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A DESIDEOLOGIZAÇÃO DAS CAMPANHAS ELEITORAIS

Por Adriano Oliveira

O livro The European Voter – A Comparative Study of Modern Democracies, organizado por Jacques Thomassen, revela que a ideologia é uma variável em desuso para explicar o comportamento do eleitor. O raciocínio dos variados autores que participaram do livro é que mudanças socioeconômicas transformaram o eleitor europeu. E, por consequência, a ideologia não tanto importa para explicar a escolha dos eleitores. No livro Esquerda e Direita no eleitorado brasileiro, André Singer mostra que a ideologia explica, junto com outras variáveis, o capital eleitoral de Lula nas eleições de 1989 e 1994. Considerando as transformações socioeconômicas ocorridas na sociedade brasileira nestes últimos 21 anos, tenho a hipótese de que a ideologia não explica de modo satisfatório a escolha dos eleitores.

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VIRADA NA EUROPA

 

Editorial do jornal Folha de S.Paulo, 07/06/2011

O resultado da eleição portuguesa no final de semana, com a vitória do conservador PSD, reforçou a interpretação de que a Europa, após a crise econômica de 2008, pende para o polo da política que se convencionou caracterizar como “direita”. Hoje, em apenas cinco dos 27 países que compõem a União Europeia (UE) persistem governos que podem ser rotulados como de centro-esquerda. No principal remanescente, a Espanha, os socialistas parecem enveredar para uma derrota nas próximas eleições gerais, cuja data-limite é março do ano que vem.

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