NA MIRA DE AGÊNCIA DE RISCO, ESPANHA ANTECIPA ELEIÇÕES

Premiê socialista Zapatero anuncia para 20 de novembro votação, antes prevista para março do ano que vem

Moody’s rebaixa a nota de crédito de seis governos regionais e diz que pode revisar nota soberana espanhola

Luisa Belchior
Folha de S.Paulo, 30/07/2011

 
Cedendo às pressões da oposição, do mercado e da opinião pública, o premiê espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou ontem a antecipação das eleições gerais de março de 2012 para 20 de novembro deste ano.Pesquisas de intenção de voto apontam vitória da oposição conservadora. O anúncio, que surpreendeu toda a Espanha, veio no mesmo dia em que a agência de classificação Moody’s rebaixou a nota de risco de seis regiões espanholas e colocou a do país como um todo em suspensão.

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CRISE À ESPANHOLA

Editorial da Folha de S.Paulo, 25/05/2011

A hecatombe econômica global desencadeada em 2008 infligiu mais uma derrota eleitoral a um governo que patinava no combate à crise, desta vez na Espanha. A situação financeira espanhola é, no mínimo, preocupante. O país tem lugar cativo na lista de candidatos a recorrer a um socorro de bilhões de euros, juntando-se a Portugal, Irlanda e Grécia. O desemprego, em 21%, é mais que o dobro da média europeia; entre jovens, ultrapassa 45%.

A crise econômica estabelece uma engrenagem perversa para os governantes. Depois de gastar bilhões no socorro aos bancos e na tentativa de manter a economia à tona, são obrigados a realizar um forte ajuste fiscal, com corte de despesas e benefícios sociais, para tentar recompor suas contas.

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PACTO SOCIAL DO GOVERNO ESPANHOL NÃO TEM APOIO DA MAIORIA

 

 
 
 

Fonte: Jornal El País, 06/02/2011

Por Maurício Costa Romão

Pesquisa da Metroscopia, realizada neste mês de fevereiro, depois que o governo do Presidente José Luis Zapatero promoveu um acordo social no país, revela que a maioria da população não apóia as reformas, especialmente das pensões.

Embora tenha contado com apoios internacionais, como os prestados por Nicolas Sarkozy, da França, e Angela Merkel, da Alemanha, além de ter recebido suporte de esmagadora maioria do Congresso, o Presidente espanhol, do Partido Socialista Espanhol (PSOE), Zapatero, não logrou o êxito que esperava.

De fato, em meio à crise econômica que afeta os espanhóis, o Presidente investiu pesadamente nas últimas semanas em aparições públicas e nos meios de comunicação, tentando mitigar o custo político das medidas que precisava adotar e com isso estancar o desgaste que vem sofrendo já há um bom tempo, desde, pelos menos, do início de 2010.

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