ILAÇÕES INDEVIDAS

Maurício Costa Romão

Desde os movimentos insurgentes de junho passado os institutos de pesquisa vêm detectando que os brasileiros querem mudanças na condução político-administrativa do país.

Capturados os percentuais dos que querem mudanças os institutos, ato contínuo, inquirem os entrevistados sobre quem está mais preparado para fazer mudanças no Brasil.

Há um problema, contudo, no caso do Datafolha. A forma pela qual o instituto está relacionando a pergunta sobre se o eleitor prefere mudanças, e a pergunta subsequente, sobre quem estaria mais preparado para fazer mudanças, está induzindo a mídia a erros de análise.

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TAMANHO DA AMOSTRA: FÓRMULAS SIMPLIFICADAS DE CÁLCULO

 

Por Maurício Costa Romão

O Erro Amostral

Todas as estimativas realizadas a partir de amostras contêm erro, já que se está fazendo inferências para toda a população (universo), utilizando apenas uma parte dessa população.

Como o erro pode ser calculado, cabe aos interessados nos resultados e na qualidade da pesquisa definir qual é a magnitude tolerável desse erro para o levantamento que se quer empreender. Esse é o passo inicial básico para se chegar ao tamanho da amostra.

No caso das pesquisas eleitorais, essa determinação sobre o erro máximo admissível que a amostra deve conter é feita em comum acordo por cliente e instituto de pesquisa. Os interessados já têm uma informação importante sobre esse processo e que vai balizar suas decisões: a relação negativa entre tamanho da amostra e erro amostral.

Com efeito, como o erro amostral máximo tolerável representa, pode-se dizer, o quanto os envolvidos na pesquisa “admitem errar” na estimação do parâmetro populacional, então quanto menor “o erro que se quer cometer”, maior deverá ser o tamanho da amostra para se atender a esse requisito adicional de precisão. Maior tamanho da amostra, por seu turno, implica em mais tempo de trabalho de campo, em custos mais elevados etc.

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Margem de erro, tamanho da amostra e intervalo de confiança

Por Maurício Costa Romão

A relação inversa entre tamanho da amostra e margem de erro sempre deve estar associada a determinado nível de confiança, pois, quando se estabelece um valor (uma margem) para o erro amostral, formula-se, na verdade, uma expectativa (nível de confiança) de que o parâmetro populacional esteja circunscrito à variabilidade dessa margem.

A Tabela abaixo apresenta a relação entre as três variáveis mencionadas: tamanho da amostra, margem de erro (colocada no corpo da Tabela) e intervalo de confiança. Observe-se que para qualquer nível de confiança, quanto menor o erro amostral, maior é o tamanho da amostra, relação inversa já enfatizada antes.

Fonte: Almeida, A. C. (2008). A cabeça do eleitor: estratégia de campanha, pesquisa e vitoria eleitoral. Record, p. 148.

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Margem de erro e tamanho da amostra em pesquisa eleitoral

Por Maurício Costa Romão

Nas pesquisas eleitorais as decisões fundamentais sobre o tamanho da amostra a ser pesquisada e qual é a margem de erro admissível para as estimativas são normalmente tomadas de comum acordo entre pesquisadores e clientes. Os envolvidos no processo decisório dispõem de uma informação básica importante: a relação inversa entre tamanho da amostra e erro amostral.

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