Os especialistas dizem que as pesquisas eleitorais têm alto índice de acertos. Se este é realmente o caso, por que elas são tão criticadas?
Maurício Costa Romão
Prá começar, pesquisas tratam de vitória e derrota eleitoral. Mexem com a emoção das pessoas. Causam alegria e tristeza, entusiasmo e desânimo, euforia e frustrações. Afetam corações e mentes. Daí por que são sempre protagônicas e alvo de tantas e veementes reclamações em todos os pleitos majoritários.
Fonte: elaboração do autor, com base em pesquisas do Datafolha e Vox Populi
Por Maurício Costa Romão
“Acho que os políticos deveriam deixar de ser hipócritas. Eles deveriam solicitar ao TSE que proibisse totalmente toda e qualquer pesquisa eleitoral antes das eleições. É a única alternativa que faz sentido, pois em toda eleição ocorre a mesmíssima coisa: os candidatos que perderam “culpam” as pesquisas eleitorais, levantam suspeitas em relação à sua lisura, reclamam que o comportamento do leitor foi influenciado, etc. Se na eleição seguinte os mesmos candidatam ganham, o comportamento muda completamente. Ou seja: as pesquisas “erram” ou “acertam” de acordo com o humor do candidato e os resultados da eleição….” [Renato Sabbatini, Jornal Correio Popular, Campinas-SP, 09/10/1998].
As pesquisas eleitorais mexem com as emoções das pessoas. Causam alegria e tristeza, entusiasmo e desânimo. Afetam corações e mentes. Daí por que são alvo de tantas e veementes reclamações em todos os pleitos majoritários.
Os eleitores não conseguem desprender-se dessa carga de emoções, ser isentos, equilibrados, quando lêem os resultados das pesquisas.