
Por Cesar Maia, Folha de S.Paulo (26/06/2010)
A formação das coligações partidárias no Brasil para as eleições presidenciais é muito mais um processo de conquista de tempo de TV que de agregação política. Dias atrás, até o uso de tempo de TV do Senado foi motivo de atritos. Na verdade, uma questão inócua.
Realmente, o tempo de TV no auge do marketing político, até dez anos atrás, era um fator diferenciador pelo impacto que produzia. Vide os EUA, onde o tempo de comerciais na TV é comprado e, portanto, ilimitado. Os pontos eram o conteúdo e o efeito que produzia sobre o eleitor.
No Brasil, onde o tempo de TV é proporcional à quantidade de deputados federais, alguns partidos têm mais tempo que outros. E isso acirra a disputa por esse tempo.