QUEM TEM MUITO VOTO NÃO ENTRA!

 

(Publicado no Diario de Pernambuco em 29/02/2018)

 

Maurício Costa Romão

 

Nos bastidores eleitorais a rejeição por alguns partidos à filiação de pré-candidatos eleitoralmente fortes ao Parlamento é fato tão corriqueiro que nem chega merecer atenção no dia-a-dia do meio político.

Vez por outra, entretanto, o assunto vem à baila, é explorado pela mídia, e causa estranheza nos eleitores. Foi o que aconteceu quando o deputado estadual Guilherme Uchoa abandonou o PDT porque a sigla vetou a entrada em suas fileiras do empresário Guilherme Uchoa Jr., seu filho, sob o argumento de este teria mais de 50 mil votos para deputado federal.

 

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O PT DE PERNAMBUCO NA ELEIÇÃO PARA DEPUTADO FEDERAL EM 2014

Mauricio Costa Romão

Nas eleições do estado para deputado federal em 2014 o PT fez parte da chapa “Pernambuco vai mais longe”, composta por seis partidos: PTB, PT, PDT, PSC, PRB e PTdoB.

Esta aliança conquistou seis cadeiras no Parlamento Federal, sendo quatro delas alocadas ao PTB, que recebeu 465.366 votos, a maior votação da aliança. As outras duas cadeiras destinaram-se ao PDT (138.156 votos) e ao PSC (107.856 votos), uma para cada sigla.

Embora tenha obtido 384.699 votos o PT não conseguiu ascender ao Legislativo. Note-se que a votação petista é relativamente próxima da do PTB, mais de que o triplo da do PSC e 2,8 vezes maior do que a do PDT.

[Tivesse concorrido isoladamente, o PT elegeria dois parlamentares, Mozart Sales e João da Costa, e ainda teria uma pequena sobra de votos (0,1452 de uma cadeira) para concorrer a uma vaga adicional].

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ELEIÇÃO SEM PESQUISA ELEITORAL?

Eleitora

É possível uma volta ao passado, quer dizer, ter eleições hoje em dia sem a presença polêmica das pesquisas eleitorais?  

Maurício Costa Romão

Antes de qualquer coisa é oportuno contextualizar o papel das pesquisas eleitorais. Elas são, acima de tudo, um importante instrumento de comunicação social. As pesquisas expressam para a sociedade o que é que o eleitor está pensando sobre o processo eleitoral, quais são suas simpatias ideológicas e partidárias, quais são suas preferências pelos prováveis candidatos, quais são seus sentimentos e expectativas sobre o presente e o futuro, quais são seus principais problemas e apreensões, etc. Então, a pesquisa eleitoral é a caixa de ressonância do pensamento do eleitor, vale dizer, da sociedade.

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INFLUÊNCIA DAS PESQUISAS (I)

Eleitora

“A pesquisa eleitoral influencia a decisão do eleitor? Ela define eleições”?

Maurício Costa Romão

Se você for consultar a literatura especializada vai verificar que esse assunto é muito controverso: uns acham que a pesquisa influencia os eleitores, outros acham que não, e outros, ainda, acham que elas são indiferentes, não afetam as decisões das pessoas e muito menos os resultados do pleito. No ano passado o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) fez uma pesquisa aqui em Pernambuco procurando saber dos eleitores se eles eram influenciados pelas pesquisas. Eles se mostraram um tanto divididos: 35% afirmam que sim, sofrem influência, 8% consideram-se um pouco influenciados e 48% asseveram que não.

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A CASA, A RUA E AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

 

Por Adriano Oliveira

O que o eleitor deseja? Esta é a principal indagação que o estrategista deve realizar antes de definir as estratégias de um candidato a prefeito. Sem esta pergunta, o estrategista não saberá quais ações realizar para vencer a disputa eleitoral. Duas outras perguntas também precisam ser feitas: 1) Qual é o poder de influência do presidente da República nas eleições municipais? 2) Qual é o poder de influência do governador nas eleições municipais?

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