NÚMEROS E EMOÇÕES PARA O SEGUNDO TURNO

Maurício Costa Romão

As pesquisas têm mostrado que a presidente Dilma Rousseff continua liderando a corrida presidencial em intenções de voto e com uma confortável diferença para o segundo colocado.

Nos cinco levantamentos nacionais deste mês de junho, por exemplo, a presidente teve, em média, 37% de intenção de votos contra 21% do senador Aécio Neves, uma diferença de 16 pontos de percentagem.

Entretanto, quando aos números do senador se acrescem os percentuais do ex-governador Eduardo Campos (9% em média) e, ainda, os dos demais candidatos de menor expressão eleitoral (8% em média), o conjunto dos adversários da presidente soma 38% de intenção de votos, caracterizando empate técnico. Neste contexto, se a eleição fosse hoje, haveria segundo turno.

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MANIFESTAÇÕES DE RUA E ALIENAÇÃO ELEITORAL

Maurício Costa Romão

Os movimentos insurgentes de junho, enquanto arena de mobilização popular de rua, criaram a falsa impressão de que haviam sido de caráter episódico, visto que desapareceram repentinamente.

Ledo engano. As pesquisas eleitorais que se sucedem umas às outras – funcionando como caixa de ressonância do pensamento da população – têm revelado que as insatisfações permanecem latentes, só que agora externalizadas de forma recôndita. A queda substancial na avaliação da gestão de governantes desde o meio do ano, urbi et orbi, é prova eloquente disso.

É muito provável, portanto, que essas inquietudes perdurem até as eleições, mesmo porque algumas das demandas que as motivaram não podem ser atendidas no curto prazo, e outras tantas ainda não sensibilizaram seus destinatários, particularmente as de cunho ético-político.

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