JORNAIS, CANDIDATURAS E ELEITORES EM 2010

 

Marcus Figueiredo
Especial para a Folha de S.Paulo, em 03/12/2010

Este trabalho apresenta os resultados iniciais da cobertura dos três maiores jornais nacionais: a Folha, “O Estado de S. Paulo” e “O Globo”.

Nosso objetivo é observar como a mídia impressa cobriu os acontecimentos que envolveram os principais candidatos a presidente.

Na eleição de 2002 nos ocupamos apenas dos candidatos; na de 2006 introduzimos o acompanhamento do Lula-presidente e do Lula-candidato. Neste ano, logo percebemos que o presidente Lula seria um ator relevante, assumindo o papel de patrocinador e principal cabo eleitoral de Dilma Rousseff.

A pesquisa cobriu todos os pré-candidatos testados nas pesquisas e os candidatos.

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QUOCIENTE ELEITORAL FAVORECE “FENÔMENO TIRIRICA”; ENTENDA COMO FUNCIONA

Diego Salmen
Do UOL Eleições, 01/10/2010

Com o slogan “pior que tá não fica”, o palhaço Tiririca é a aposta do PR para as eleições parlamentares deste ano no Estado de São Paulo. Apesar da polêmica – e dos risos – que seus bordões vêm despertando no horário eleitoral, a presença do humorista na campanha obedece a uma lógica simples: conquistar o maior número de votos possíveis para que eleger a si mesmo e a outros candidatos por meio do quociente eleitoral.

O cientista Rubens Figueiredo, da USP (Universidade de São Paulo), explica como funciona:

“O Estado de São Paulo tem 70 deputados federais. Vamos supor que São Paulo tenha 700 mil votos. Dividindo 700 mil por 70, o quoeficiente seria de 10 mil. O partido vai ter 30 candidatos: soma a votação de todos mais os votos na legenda. Vamos supor que deu 22 mil. Agora divida 22 mil por 10 mil – vai dar 2,2. O partido vai eleger dois deputados”, detalha.

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ENTENDA COMO FUNCIONA A ELEIÇÃO PARA DEPUTADO

Imagem publicada no blog do IMN

Sistema faz com que nem sempre os mais votados sejam eleitos.

Eduardo Bresciani, do G1, em Brasília

No próximo domingo, 3 de outubro, eleitores vão às urnas em todo o Brasil para eleger presidente da República, governador, senador e deputados federais, estaduais e distritais. Para os três primeiros cargos, a eleição é majoritária, ganhando quem tem mais voto. No caso dos deputados, no entanto, o sistema é proporcional, e os escolhidos são definidos após muitos cálculos. Estão em disputa nestas eleições 513 vagas na Câmara dos Deputados e 1.059 vagas nos legislativos dos estados e do Distrito Federal.

Na urna, os eleitores vão digitar quatro números para escolher seu candidato a deputado federal e cinco números para optar para deputado estadual ou distrital. Os dois primeiros números são sempre o do partido do candidato. O número do partido é importante porque nas eleições proporcionais é pelos partidos ou coligações que são divididas as cadeiras no Legislativo.

Na hora da totalização dos votos, a Justiça Eleitoral exclui os votos brancos e nulos, que não beneficiam nenhum candidato, para fazer a divisão das vagas. Na sequência, é calculado o quociente eleitoral. Este é o número que cada partido ou coligação precisa alcançar para conseguir uma cadeira no Legislativo.

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PELO VOTO CONSCIENTE

Emílio Odebrecht

Folha de S.Paulo, 26/09/2010

No próximo domingo, quando milhões de brasileiros aptos a votar forem às urnas, nosso país viverá um momento importante para o fortalecimento da democracia. Poucos países no mundo possuem um contingente eleitoral tão grande. Além do mais, faz cerca de 20 anos que recuperamos o direito de escolher o presidente da República, depois de duas décadas de regime autoritário.

Nesses dias que antecedem o das eleições, este é mais um motivo para refletirmos sobre o que é melhor para nós, nossas famílias, nosso Estado e nosso país.

Agindo assim, faremos do ato de votar não o cumprimento de uma obrigação legal, mas uma oportunidade de escolha de governantes e de representantes legislativos que tenham perfil e qualificações para aperfeiçoar o que já foi melhorado, mudar o que for preciso e buscar soluções para as graves carências que o Brasil ainda carrega. Precedido dessa análise, o voto será consciente, responsável e consequente.

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CANDIDATO A CAMPEÃO DE VOTOS, PALHAÇO É ESCRACHO PELO ESCRACHO

 

Eliane Cantanhêde
Folha de S.Paulo, 19/09/2010

Desde a exuberante Cicciolina, que exibia os seios fartos nas campanhas italianas, ficou claro que candidatos exóticos não são exclusividade brasileira. Mas a brincadeira está indo longe demais. Não bastasse Tiririca ser candidato, o que já é em si um achincalhe, para uns, ou um alerta, para outros, ele agora é candidato a ser campeão de votos para a Câmara em todo o país. Algum motivo há.

O principal deles é que uma fatia considerável do eleitorado está cansada, desiludida e irritada com a política, convencida de que são todos iguais e de que o Congresso não serve para nada, além de oferecer vantagens para os próprios deputados e senadores e a parentada deles. Tiririca é, assim, um voto basicamente de protesto.

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