José Sarney
Folha de S.Paulo, 10/06/2011
O Peru, como o Brasil, teve em sua história recente comuns atropelos com os militares e divisões pseudoideológicas a pregar reformas de base esotéricas, xenofobias desesperadas e populismo anárquico. Tal fase, para eles, só acabou em 1985, com o término do mandato de Belaúnde Terry e a eleição de Alan García (em seu primeiro governo). A política peruana sempre foi comandada pela aristocracia crioula de Lima ou pelos “incas”, militares que comandavam, como Velasco Alvarado, ideias autoritárias com base ideológica. Era frágil a estrutura democrática e o interior permanecia com a população indígena mergulhada na miséria absoluta.