ALIENAÇÃO ELEITORAL E ELEIÇÕES PROPORCIONAIS

 Maurício Costa Romão

 O enorme descrédito dos eleitores com a política, com os políticos, e com o establishment em geral tem levado a maioria dos analistas a prever altas taxas de alienação eleitoral (abstenção + votos em branco + votos nulos) no pleito de 2018.

A experiência da eleição passada recomenda cautela nessas previsões. De fato, embora o ambiente daquele período fosse muito menos carregado que o de hoje, no qual se vivenciam superposições de crises, o fato é que as bandeiras empunhadas nas manifestações de rua de 2013 (rua física e rua virtual) estavam fortemente impregnadas de sentimentos de anti-política, anti-representação (“vocês não nos representam”) e anti-governo, tal qual se detecta no momento presente.

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CRISES E CONCERTOS

Maurício Costa Romão

Durante a grave crise política e econômica que culminaria com o impeachment da presidente Dilma Rousseff chegou-se a ventilar uma ação cooperada entre oposição e situação para estancar a crise, pois já se notava crescente percepção dos dois lados de que o conflito político estava paralisando a nação e piorando todos os seus indicadores relevantes.

Lógico que os proponentes desse diálogo reconheciam as dificuldades práticas de se levar adiante tal empreitada, em face do sectarismo imperante.

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