PESQUISA E PARANOIA

EDITORIAIS

Folha de S.Paulo, 05/07/2012

São raros os políticos que fogem do figurino clássico em sua relação com pesquisas eleitorais. Acompanham-nas com interesse, citam-nas em triunfo quando nelas se veem bem colocados e repelem-nas quando não os favorecem. Há mais, todavia, do que declarações em que ninguém acredita. Procuram, não raro, cercear a publicação de pesquisas, sob pretexto de que “influenciam o eleitorado”.

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O PSD INVESTE

Editorial da Folha de S.Paulo, 04/01/2012

Criado, no ano passado, de uma costela do DEM (Democratas), o PSD (Partido Social Democrático) tornou-se a quarta maior legenda da Câmara dos Deputados. Sem nunca ter concorrido nas urnas, conta com 52 integrantes.A agremiação liderada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, pleiteia agora que sua numerosa bancada seja reconhecida nos cálculos para repartição de verbas do fundo partidário, do tempo na propaganda gratuita de rádio e TV e dos cargos na Câmara, cálculos esses que dependem, em parte, do tamanho relativo das legendas.

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FAZ DIFERENÇA

Editorial da Folha de S.Paulo, 16/10/2011

Sem novas mobilizações populares, dificilmente medidas para coibir a corrupção encontrarão meios de implementar-se na prática

Estima-se que 20 mil pessoas tenham se reunido em Brasília, na quarta-feira, num ato contra a corrupção. Manifestações de menor monta se verificaram em outras cidades brasileiras. O número pode não refletir o grau de rejeição que o atual estado dos costumes políticos desperta na imensa maioria dos cidadãos. Ainda assim, fica assinalada a persistência do movimento.

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A DERROTA DE OBAMA

Editorial da Folha de S.Paulo, 04/11/2010

Em vitória eleitoral marcante, republicanos conquistam a Câmara e avançam no Senado, mas ainda carecem de líder para disputar a Presidência

A derrota de Barack Obama e de seu Partido Democrata nas eleições legislativas e estaduais norte-americanas de anteontem só não foi completa porque a sigla governista conseguiu manter uma tênue maioria no Senado. Estarão, no entanto, sujeitos a constantes obstruções regimentais por parte dos republicanos, que superaram a barreira dos 40% necessários para impedir os rivais de impor sua agenda na Casa.

Já na composição da Câmara, a insatisfação dos eleitores se fez ouvir em alto e bom som. Na maior mudança partidária desde 1948, os democratas perderam 60 cadeiras, num total de 435, para os republicanos -número que ainda pode subir até o término da apuração. Com isso, passaram de uma confortável maioria a uma situação desesperadora.

A onda pró-republicana também chegou às disputas estaduais, onde a oposição tomou ao menos nove governos do Partido Democrata, garantindo o controle da maioria dos Estados.

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NA RETA FINAL

 

Editorial de Folha de S.Paulo, 28/10/2010

 Campanha eleitoral chega ao fim deixando a sensação de que candidatos preferiram a encenação democrática ao debate de ideias e propostas Encerra-se amanhã o horário eleitoral gratuito, reiniciado na campanha de segundo turno em 8 de outubro.

 Também amanhã à noite acontecerá o último debate televisivo reunindo os dois presidenciáveis. A petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra se enfrentarão ao vivo pela quarta vez em quatro semanas, desta feita na Rede Globo. Não se pode dizer que tenham faltado oportunidades para que os candidatos apresentassem suas propostas ao país. A carga de exposição dos dois em campanha, no entanto, resultou, em muitos aspectos, numa experiência mais exaustiva do que esclarecedora.

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