
Editorial da Folha de S.Paulo, 04/11/2010
Em vitória eleitoral marcante, republicanos conquistam a Câmara e avançam no Senado, mas ainda carecem de líder para disputar a Presidência
A derrota de Barack Obama e de seu Partido Democrata nas eleições legislativas e estaduais norte-americanas de anteontem só não foi completa porque a sigla governista conseguiu manter uma tênue maioria no Senado. Estarão, no entanto, sujeitos a constantes obstruções regimentais por parte dos republicanos, que superaram a barreira dos 40% necessários para impedir os rivais de impor sua agenda na Casa.
Já na composição da Câmara, a insatisfação dos eleitores se fez ouvir em alto e bom som. Na maior mudança partidária desde 1948, os democratas perderam 60 cadeiras, num total de 435, para os republicanos -número que ainda pode subir até o término da apuração. Com isso, passaram de uma confortável maioria a uma situação desesperadora.
A onda pró-republicana também chegou às disputas estaduais, onde a oposição tomou ao menos nove governos do Partido Democrata, garantindo o controle da maioria dos Estados.
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