Publicado pelo Jornal do Commercio, em 12.12.2010
Levantamento do Instituto Maurício de Nassau mostra que mais da metade do eleitorado estadual confia nos institutos de pesquisas, mas muitos não sabem o significado das expressões usadas
Ed Ruas
Especial para o JC
Mais da metade dos eleitores pernambucanos (53%) confiam em dados divulgados por institutos de pesquisas de intenção de votos. Essa é a conclusão de um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), que mede o impacto dos resultados divulgados por estes órgãos sobre o eleitorado. Baseada em 2.481 entrevistas em todo o Estado, a amostragem revela que 25% confiam em todos os institutos, 28% em apenas alguns e 33% do eleitorado não confiam em nenhuma instituição. Dos entrevistados, 14% afirmaram não saber ou não responderam.
Mas o que chama mais a atenção é o desconhecimento dos termos técnicos usados na divulgação das pesquisas. Nada menos que 86% dos eleitores não entendem o significado de “segmentação” e 59% não sabem o que quer dizer “margem de erro”. Outro fato curioso integra o estudo. Como o questionário elaborado pelo IPMN foi realizado com respostas espontâneas – quando o eleitor não recebe opções para as perguntas – o instituto apontado como mais confiável, com 36% de citações, foi o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que não realiza pesquisas eleitorais.