VEIO, VIU E PERDEU!

Maurício Costa Romão

Quando foi convidado para o governo Joaquim Levy sabia que o grande problema da economia brasileira residia na deterioração das contas públicas, fruto de irresponsável ativismo fiscal patrocinado pela presidente Dilma Rousseff no bojo da “nova matriz econômica”.

E foi com base nesse diagnóstico que propôs inicialmente um ajuste fiscal contemplando superávit primário (não inclui os juros da dívida) para 2015 de 1,13% do PIB e de 2,0% para 2016.

Perseguir superávit primário é indicar para os mercados que o governo vai gerar receitas maiores que as despesas e ainda poupar para fazer face ao serviço da dívida. É a forma clássica de o governo sinalizar compromissos com o ajuste e demonstrar condições de estabilizar a trajetória do seu crescente déficit nominal (inclui os juros da dívida).

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Crise pede concertação nacional

Por Daniel Leite e Mariama Correia
Da Folha de Pernambuco

Preocupado com o agravamento da crise enfrentada pelo País, o economista Maurício Romão acredita que é o momento de encontrar uma “saída de concertação nacional”. Em entrevista à Folha de Pernambuco, o Mestre e PhD em economia pela Universidade de Illinois afirma que ainda é possível reverter o cenário brasileiro. Para isso, faz um resgate de pactos recentes, firmados por outros países, para conter a degradação da economia. Em sua visão, o governo brasileiro precisa preservar conquistas como a democracia, a estabilidade monetária e a inclusão social, para poder sinalizar ao mercado que tem condições de superar os indicadores negativos. Esta tarefa, no entanto, depende de um grande esforço coletivo, que deve ser incentivado por parte do Poder Executivo, do Congresso Nacional e da própria sociedade.

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