REFORMA POLÍTICA: DISCUSSÃO EMPERRADA

 

 

Por Maurício Costa Romão

Há nada menos que cinco legislaturas que se discutem mudanças no atual sistema político-partidário-eleitoral brasileiro no Congresso Nacional (abreviadamente “reforma política”), sem que se tenha alcançado avanços significativos. Tanto assim é que, só recentemente, apenas duas propostas reformistas chegaram a ser aprovadas no plenário da Câmara dos Deputados: a Lei Ficha Limpa e o Projeto de Fidelidade Partidária.

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PESQUISAS PARA SENADOR ENVOLVENDO DOIS CARGOS

Por Maurício Costa Romão

Fazer levantamentos de intenção de votos para Senador da República sempre se constitui numa dificuldade para os institutos de pesquisa, principalmente quando estão em jogo dois cargos para Senador, além de mais quatro para Presidente, Governador, Deputado Federal e Deputado Estadual. Os percalços vão desde a confecção do questionário, passando pelos embaraços de entendimento dos pesquisados, e indo até à tabulação e interpretação dos números.

Com efeito, na eleição do ano de 2010, por exemplo, podiam ser eleitos dois senadores por Unidade da Federação. Os questionários das pesquisas se amoldaram a esta circunstância, inquirindo os eleitores a se pronunciarem por dois nomes. Assim, os institutos de pesquisa mostravam ao entrevistado quais os candidatos concorrentes (modalidade estimulada) e perguntavam sobre qual sua preferência para a primeira vaga e, depois, para a segunda, ou, numa mesma pergunta, em quem votaria para as duas vagas.

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A REFORMA COMO ELA É

 

Fernando de Barros e Silva

Folha de S.Paulo, 26/04/2011

SÃO PAULO – Debates sobre reforma política no Brasil são recorrentes e tediosos. O tema costuma surgir, de maneira sazonal, no início dos mandatos presidenciais, e só interessa a políticos e cientistas sociais. Em geral não acontece nada. Apresentada quase sempre como solução meio mágica para vícios do sistema político ou como antídoto à roubalheira sistêmica, a reforma no mais das vezes não passa de embromação.

É isso o que parece estar em curso mais uma vez. Não que inexistam coisas passíveis de mudança. Há, sim, uma pauta de melhoramentos possíveis, e já seria um bom começo se não fosse vista como panaceia: fortalecer os partidos, aproximar o eleitor do eleito (no caso dos legislativos), baratear as eleições e desprivatizar as campanhas, por exemplo.

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