PESQUISA ELEITORAL: EMOÇÃO E RAZÃO

Fonte: elaboração do autor, com base em pesquisas do Datafolha e Vox Populi

Por Maurício Costa Romão

“Acho que os políticos deveriam deixar de ser hipócritas. Eles deveriam solicitar ao TSE que proibisse totalmente toda e qualquer pesquisa eleitoral antes das eleições. É a única alternativa que faz sentido, pois em toda eleição ocorre a mesmíssima coisa: os candidatos que perderam “culpam” as pesquisas eleitorais, levantam suspeitas em relação à sua lisura, reclamam que o comportamento do leitor foi influenciado, etc. Se na eleição seguinte os mesmos candidatam ganham, o comportamento muda completamente. Ou seja: as pesquisas “erram” ou “acertam” de acordo com o humor do candidato e os resultados da eleição….” [Renato Sabbatini, Jornal Correio Popular, Campinas-SP, 09/10/1998].  

As pesquisas eleitorais mexem com as emoções das pessoas. Causam alegria e tristeza, entusiasmo e desânimo. Afetam corações e mentes. Daí por que são alvo de tantas e veementes reclamações em todos os pleitos majoritários.

Os eleitores não conseguem desprender-se dessa carga de emoções, ser isentos, equilibrados, quando lêem os resultados das pesquisas.

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DIFERENÇA ENTRE PRESIDENCIÁVEIS É MENOR DO QUE PARECE

José Roberto de Toledo

Vox Publica, 10/10/2010

A diferença de 8 pontos porcentuais entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) captada pela primeira pesquisa do segundo turno parece maior do que é de fato. Com apenas dois candidatos na disputa, o que sai de um vai para o outro. Os vira-casaca contam dobrado.

 Ou seja: se 4% dos votos válidos trocassem de lado, Serra empataria com Dilma, ou a petista dobraria sua vantagem -dependendo de para onde o vento sopre. Como se vê, é uma margem apertada.

Além disso, o Datafolha encontrou 7% de eleitores indecisos. Um cenário possível é que eles venham a se distribuir da mesma maneira que os eleitores de Marina Silva (PV) e dos nanicos já se distribuíram até agora, isto é, na proporção de dois para um em favor de Serra.

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