Editorial da Folha de Pernambuco, 28/08/2011
Setores mais conservadores do Brasil defendiam, décadas atrás, que o estudante deveria se dedicar somente às suas tarefas nos colégios e universidades. Ao estudante caberia apenas estudar, opinião que viria a ruir muito cedo, apesar de ressuscitada no período em que vigorou o arbítrio no País. Ainda existe quem defenda, embora desnecessariamente, a desvinculação da juventude de participar com mais vigor da atividade política nacional. Vamos por partes. A segunda fase da República, que se inaugurou com a Revolução (muito mais reforma) de 1930, teve na classe estudantil, principalmente entre os universitários de então, ativos militantes de uma causa cujas bandeiras reformistas viriam a imprimir um novo quadro político nacional, desvirtuado pelo golpe de 1937.