8.000 VOTOS!

(Publicado no Jornal do Commercio-PE em 27/11/2020)

 Maurício Costa Romão

Na primeira pesquisa do 2º turno no Recife o Datafolha detectou que 9% dos eleitores decidiram seu voto na véspera da eleição e 15% o fizeram no próprio dia (19% entre os eleitores de baixa renda). É a conhecida volatilidade do voto: os eleitores estão deixando para resolver em quem votar nos estertores do pleito.

Junte-se a essa imprevisibilidade a elevada alienação eleitoral (abstenção + votos brancos e nulos) havida no dia da votação, 33,6% (foi de 23,3% no 1º turno de 2016), e têm-se as causas de os institutos de pesquisa terem cometido graves erros de estimativas, incluindo aqueles de boca de urna (o eleitor é entrevistado depois que votou).

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ÚLTIMAS PESQUISAS NO RECIFE

 

(Publicado no Jornal do Commercio em 24/10/2020)

 Maurício Costa Romão

Até quinta-feira (22/10) foram publicados oito levantamentos de intenção de votos para prefeito do Recife neste mês de outubro, provenientes de cinco diferentes institutos de pesquisa [Ibope (2), Datafolha (2), Big Data (2), Opinião e Ipespe].

Como são poucos os levantamentos, principalmente aqueles sucessivos, oriundos de uma mesma fonte, ainda não há elementos para configuração de tendências. Algumas conjecturas são cabíveis, ainda assim.

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Não é (só) a economia

  

(Publicado no Jornal do Commercio em 30/08/2020)

Juliano Domingues

Maurício Costa Romão

 A política tem razões que a própria razão econômica desconhece. Não levar isso em conta induz análises apressadas a equívocos relativamente comuns, como o de estabelecer relação causal entre o auxílio emergencial da covid 19 e melhora da avaliação da gestão Jair Bolsonaro.

Pesquisa Datafolha do início deste mês apontou o melhor índice de aprovação do atual presidente desde o início do mandato: 37% dos eleitores classificaram sua administração como positiva. Os números mais favoráveis ao governo surgem em um contexto de pagamento de R$ 254,6 bilhões em auxílio emergencial, com quase 1/3 da população beneficiada.

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A TERCEIRA ALMA DO PT

(Artigo publicado no Jornal do Commercio, Pernambuco, em 31 de março de 2015)

Maurício Costa Romão

Em março de 2013 o Datafolha detectou que a percentagem dos eleitores brasileiros que tinha preferência pelo PT era de 30%. Dois anos depois, em março de 2015, esta taxa caiu para 9%, o menor nível desde 1989.

A que se deve esse desgaste da sigla que foi referência para a democracia brasileira e sempre esteve na vanguarda das lutas sociais e políticas do país desde sua fundação?

O PT surgiu da base sindical do operariado paulista do fim da década de 70 e angariou protagonismo e admiração como um grande partido de esquerda que pregava o socialismo democrático como forma de organização social.

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CLASSES INSATISFEITAS E INQUIETAS

Maurício Costa Romão

A pesquisa do Datafolha do início de fevereiro deste ano mostrou um quadro dantesco para a presidente Dilma Rousseff: a avaliação de seu governo, bem como sua imagem enquanto gestora e pessoa, se deterioraram tremendamente em relação ao levantamento do instituto em dezembro passado.

As razões dessa débâcle são conhecidas: anúncios e/ou implementação de medidas contrariando o discurso de campanha da presidente à reeleição, piora dos ambientes econômico e político do país e desdobramentos da roubalheira da Petrobrás.

De fevereiro para cá a situação se agravou, com notória intensificação das crises econômica, política e ética. Neste turbilhão, o desprestígio da presidente se acentuou e a pregação de seu impeachment passou a ser corriqueira.

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