Fonte: Mai 1 (Vox Populi), Mai 2 (Sensus), Mai 3 (datafolha); Jun 1 e 2 (Ibope), Jun 3 (Vox Populi), Jun 4 (Datafolha), Jun 5 (Ibope); Jul 1 (Vox Populi), Jul 2 (Datafolha).
Na grande controvérsia que se instaurou no Brasil todo em torno dos resultados das duas últimas pesquisas divulgadas sexta e sábado da semana passada, Vox Populi (Dilma 41% e Serra 33%) e Datafolha (Serra 37% e Dilma 36%), passou meio que despercebido a evolução das intenções de voto dos dois candidatos nas pesquisas do próprio Vox Populi, de junho para julho.
“Acho que os políticos deveriam deixar de ser hipócritas. Eles deveriam solicitar ao TSE que proibisse totalmente toda e qualquer pesquisa eleitoral antes das eleições. É a única alternativa que faz sentido, pois em toda eleição ocorre a mesmíssima coisa: os candidatos que perderam “culpam” as pesquisas eleitorais, levantam suspeitas em relação à sua lisura, reclamam que o comportamento do leitor foi influenciado, etc. Se na eleição seguinte os mesmos candidatam ganham, o comportamento muda completamente. Ou seja: as pesquisas “erram” ou “acertam” de acordo com o humor do candidato e os resultados da eleição….” [Renato Sabbatini, Jornal Correio Popular, Campinas-SP, 09/10/1998].
Fonte: elaboração do autor, com base nas pesquisas do Vox Populi e Datafolha
As pesquisas eleitorais mexem com as emoções das pessoas. Causam alegria e tristeza, entusiasmo e desânimo. Afetam corações e mentes. Daí por que são alvo de tantas e veementes reclamações em todos os pleitos majoritários.
Os eleitores não conseguem desprender-se dessa carga de emoções, ser isentos, equilibrados, quando lêem os resultados das pesquisas.