O COMBATE À CORRUPÇÃO ELEITORAL

Editorial do Jornal do Commercio (PE), 19/08/2010

Com a lei da Ficha Limpa as eleições de 2010 escrevem um dos mais importantes capítulos da história político-eleitoral do nosso País. Uma conquista que ainda não está consolidada e, por isso, serão sempre recebidas com entusiasmo e esperança iniciativas como o lançamento em Pernambuco de um comitê contra a corrupção eleitoral, tendo à frente a Arquidiocese de Olinda e Recife, Ordem dos Advogados do Brasil e Universidade Católica, entidades acima de qualquer suspeita, com destinação social historicamente reconhecida.

Acreditamos que com mais esse reforço ficamos a menos de uma geração para conquistar papel saliente na avaliação dos países onde se pratica melhor a democracia. Se tecnicamente chegamos ao mais alto lugar no pódio, resta-nos corrigir o conteúdo, a forma de escolher nossos governantes, tendo como pressuposto o passado e o presente de cada um, de cada uma. Teoricamente essa deveria ser uma prática independente da força de lei, fruto da educação desde o ensino fundamental, mas o mundo real nos mostra que há, ainda, um imenso hiato cultural para que cheguemos a um estágio em que a ética faça parte do sentimento coletivo como um bem inato e irrenunciável.

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